SalaGeo

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ilhas Oceânicas brasileiras

Que o Brasil é conhecido lá fora pela beleza de seu litoral pontilhado de prais e ilhas tropicais isto não se discute . Mas não são destas ilhas quese deseja falar agora aqui no salageo e sim das Ilhas oceânicas brasileiras . Este era o tema da pesquisa proposta no TICO 1 da terceira série. Distantes mais de 900 km da costa brasileira encontramos os arquipélagos de Fernando de Noronha, os Penedos de São Pedro e São Paulo, a Ilha de Trindade e Martins Vaz e o Atol das Rocas . O salageo começa hoje, e durante toda esta semana vai postar sobre esses paraísos apontadoscomo ” pontos perdidos no oceano” masque pertencem ao território brasileiro .
Comecemos pelo menos conhecido....
A ilha de Trindade (9,2 milhões de m²) junto com Martins Vaz ( duas ilhas, somando 2,5 milhões de m²) formam um arquipélago de origem vulcânica localizado, a 1167 km do litoral do Espírito Santo e distante apenas 2400 km da África.
É lá queo Brasil começa e onde o sol nasce primeiro pois, constitui a porção mais oriental , isto é o pedaço do Brasil mais distante do nosso litoral.
Supervisionada atualmente pela Marinha Brasileira, lá a natureza é virgem, tartarugas marinhas são preservadas, espécies endêmicas de plantas ainda sobrevivem e pouquíssimas pessoas podem chegar.O arquipélago pertence a uma cadeia de montanhas submarinas do Atlântico e mesmo tão pequeno possue atrações naturais diversificadas: são 12 praias, a maioria formadas por solo de pedra e corais, e cada enseada possui uma característica diferente, comoum pico, uma vegetação rasteira, uma piscina natural, solo de terra vermelha, túnel e costões íngremes.O clima é oceânico tropical com temperatura média anual de 25º C .As temperaturas são estáveis, mas o tempo muda constantemente em poucos minutos. O sol escaldante, diversas vezes, é ocultado por chuvas torrenciais, conhecidascomo “pirajás”, traduzidascomo “ passam rápido”. Nestas ocasiões é possível observar a formação de arco-íris de forte coloração.Quando o tempo está limpo da ilha de Trindade, é possível ver a ilha vizinha de Martim Vaz( foto ao anoitecer com helicoptero da marinha ), formada por um rochedo íngreme a 49 quilômetros Lá a vegetação é rasteira no topo e não há presença humana, apenas caranguejos e pássaros migratórias.Trindade também serve para alimentar lendas na memória de marinheiros sobre tesouros escondidos no local. A ilha já pertenceu à Inglaterra e foi presídio político, mas hoje é um local de preservação administrado pela Marinha.Devido ao tipo de formação geológica e ao isolamento geográfico, o complexo insular possui poucas espécies vegetais, destacando-se a samambaia-gigante, queocorre nas encostas escarpadas, e herbáceas, presentes nos terrenos arenosos. Existem ainda plantas exóticas, castanheiras, bananeiras e coqueiros, introduzidas pelas expedições e pelos integrantes da Marinha do Brasil, quetem base na ilha.A fauna é constituída por crustáceos, peixes e animais marinhos. Em época de desova, as praias da Trindade recebem grandes tartarugas marinhas queali vão enterrar seus ovos. São da espécie Chelonia mydas, ou tartaruga verde. Caranguejos terrestres também freqüentam as praias, descendo das encostas da ilha para encontrar nos ovos e filhotes da Chelonia mydas parte do alimentoque necessitam.


sexta-feira, 19 de março de 2010






Durante este ano de 2010 o conteúdo do 3o. ano na disciplina GEOGRAFIA é 'BRASIL' , por isso o SALAGEOLITERARIA apresentará poemas/poesias de grandes autores que falam de nosso CLIMA , RELEVO , HIDROGRAFIA , PAISAGENS ETC.. , APRESENTAREMOS TAMBÉM SOBRE A VIDA DO AUTOR E O MOTIVO DESSE TER FEITO DETERMINADO POEMA/POESIA .
E ALGUMAS CURIOSIDADES DE NOSSO PAÍS!
ESPERO QUE GOSTEM!



Canção do exílio



Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(GONÇALVES DIAS)

SOBRE O AUTOR: Nascido em Caxias (Maranhão), era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra), e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837.

CURIOSIDADES DA CIDADE NATAL DO AUTOR GONÇALVES DIAS : SÃO LUÍS DO MARANHÃO

São Luís é um município brasileiro, capital do estado do Maranhão, fundada no dia 8 de setembro de 1612. Localiza-se na ilha Upaon-Açu (denominação dada pelos índios Tupinambás significando "Ilha Grande"), no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar.É rica em manifestações culturais, como: o Bumba-Meu-Boi,Tambor de Crioula,Cacuriá,Dança Portuguesa,Quadrilhas Juninas,Reggae e outras. Possui o maior conjunto arquitetônico de azulejos portugueses da América Latina. Possui uma vasta área de praias salgadas

domingo, 7 de março de 2010

Brasil é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo

Mais um post da série: Brasil, Que país é este?

"O Brasil ultrapassou o Canadá e se tornou o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo.... Hoje, apenas Estados Unidos e União Europeia vendem mais alimentos no planeta que os agricultores e pecuaristas brasileiros.
Dados da Organização Mundial de Comércio (OMC), divulgados neste ano, apontam que o Brasil exportou US$ 61,4 bilhões em produtos agropecuários em 2008.... O ritmo de crescimento da produção brasileira de alimentos já deixava claro que a virada estava prestes a ocorrer. Entre 2000 e 2008, as exportações agrícolas do Brasil cresceram 18,6%, em média, por ano, acima dos 6,3% do Canadá, 6% da Austrália, 8,4% dos Estados Unidos e 11,4% da União Europeia. Em 2000, o país ocupava o sexto lugar no ranking dos exportadores agrícolas.
Uma série de fatores garantiu o avanço da agricultura brasileira nos últimos anos: recursos naturais (solo, água e luz) abundantes, diversidade de produtos, um câmbio relativamente favorável até 2006 (depois a valorização do real prejudicou a rentabilidade), o aumento da demanda dos países asiáticos e o crescimento da produtividade das lavouras.

Para o sócio-diretor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, "o Brasil é hoje a única grande agricultura tropical do planeta". Ele ressalta que o aproveitamento da terra é melhor na zona tropical. Em algumas regiões do Brasil, é possível plantar milho depois de colher soja, o que significa duas safras no mesmo ano."

Fonte:G1 Economia e negócios /7/03/10

segunda-feira, 1 de março de 2010

Amazônia Azul

Um espaço tão grande e tão rico em recursos naturais quanto a Amazônia, só que em lugar do verde da floresta o que se destaca é o azul do mar . Esta é a razão do apelido dado a cerca de 3,5 milhões de km2 de oceano e plataforma subjacente a qual o Brasil tem direito oficialmente , conforme estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar ( CNUDM) desde 2005.

A Amazônia Azul é formada pela soma do Mar territorial, da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental.

No Mar Territorial ( MT) que corresponde as 12 milhas iniciais a contar da linha da costa e no espaço aéreo a ele sobrejacente, o estado costeiro tem soberania plena. Já na ZEE ( +188milhas perfazendo um total de 200 milhas nauticas), isso não acontece. O estado costeiro não pode, por exemplo, negar o chamado "direito de passagem inocente" a navios de outras bandeiras, inclusive navios de guerra.

A exploração dos recursos vivos e não vivos do subsolo, do solo e das águas na ZEE são direito do estado costeiro brasileiro mas , a seu critério, poderá autorizar a outros países que o façam. No que diz respeito aos recursos vivos, a Convenção prevê que, caso o estado costeiro brasileiro não tenha capacidade de exercer aquelas atividades, é obrigado a permitir que outros estados o façam.
O Brasil é hoje o único país do mundo a ter direito a um mar de 200 milhas

O Brasil está pleiteando ainda , junto à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da CNUDM, ampliar o direito de exploração de sua Plataforma Continental, até o limite de 350 milhas nauticas .
Observe o mapa acima . O azul mais claro corresponde a MT mais a ZEE e o azul mais escuro é a área de plataforma pleiteada pelo Brasil





Mas porque brigamos( na justiça junto a CNUDM) há tantos anos por esses direitos?
Para começar ,95% do comércio exterior brasileiro é realizado por via marítima. O petróleo e o gásnatural ( offshore) são outras grandes riquezas contribuindo com mais de 80% da produção nacional. Os grandes depósitos de gás descobertos na bacia de Santos e o anúncio recente de grandes reservas de petroleo na área de pré-sal viabilizam a consolidação do produto no mercado brasileiro do “combustível do século XXI”. A atividade pesqueira é outra potencialidade pois representa valiosa fonte de alimento e de geração de empregos . O desenvolvimento da ciência e a evolução tecnológica vêm possibilitando desvendar os mistérios dos oceanos, descobrir a diversidade biológica, o potencial biotecnológico e energético e os recursos minerais no fundo dos mares. A Marinha e o Estado brasileiro hoje desenvolvem vários projetos científicos como Programa de Avaliação do Potencial Sustentável dos Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva e o (Proarquipelago)Programa Arquipélago de São Pedro e São Paulo

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Aquecimento Global em debate

O salageo acompanha, atento, o debate sobre aquecimento global . De um lado os ambientalistas mais radicais do IPCC apontam para um futuro cenário sombrio para o planeta e para a humanidade fruto apenas, segundo eles, da irracionalidade humana . Do outro lado os cientistas apelidados de céticos querem provar que, se o aquecimento existe , não é tudo isso que o outro lado aponta e também que a parcela única de responsabilidade humana é no mínimo questionável.
Veja trechos selecionados a seguir da reportagem desta semana da revista Veja sobre o assunto ...

"O dogma derrete antes das geleiras
Quem duvida do aquecimento global é tratado como inimigo da humanidade. Agora revelações sobre manipulações e fraudes nos relatórios climáticos mostram que os céticos devem ser levados a sério

"Nos últimos anos, a discussão sobre o aquecimento global e suas consequências se tornou onipresente entre governos, empresas e cidadãos. É louvável que todos queiram salvar o planeta, mas o debate sobre como fazê-lo chegou ao patamar da irracionalidade. Entre cientistas e ambientalistas, estabeleceu-se uma espécie de fervor fanático e doutrinário pelas conclusões pessimistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU. Segundo elas, ou se tomam providências radicais para cortar as emissões de gases do efeito estufa decorrentes da atividade humana, ou o mundo chegará ao fim do século XXI à beira de uma catástrofe. Nos últimos três meses, numa reviravolta espetacular, a doutrina do aquecimento global vem se desmanchando na esteira de uma série de escândalos. Descobriu-se que muitas das pesquisas que dão sustentação aos relatórios emi-tidos pelo IPCC não passam de especulação sem base científica. Pior que isso: os cientistas que conduzem esses estudos manipularam dados para amparar suas conclusões.O primeiro abalo na doutrina do aquecimento global se deu no fim do ano passado, quando um grupo de hackers capturou e divulgou mais de 1 000 e-mails trocados entre cientistas ligados à Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o principal centro mundial de climatologia.... As mensagens revelam que cientistas distorceram gráficos para provar que o planeta nunca esteve tão quente nos últimos 1 000 anos. As trocas de e-mails também mostraram que os climatologistas defensores da tese do aquecimento global boicotam os colegas que divergem de suas opiniões, recusando-se a repassar dados das pesquisas que realizam. Os e-mails deixam claro, ainda, que o grupo dos catastrofistas age para tentar impedir que os céticos (como são chamados os cientistas que divergem das teses do IPCC) publiquem seus trabalhos nas revistas científicas mais prestigiadas A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início do ano, quando se descobriu um erro grosseiro numa das pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em 2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global. O derretimento teria consequências devastadoras para bilhões de pessoas na Ásia que dependem da água produzida pelo degelo nas montanhas. Os próprios cientistas que compõem o IPCC reconheceram que a previsão não tem o menor fundamento científico e foi elaborada com base em uma especulação. O mais espantoso é que essa bobagem foi tratada como verdade incontestável por três anos, desde a publicação do documento.....A mentira sobre o Himalaia já havia sido denunciada por um estudo encomendado pelo Ministério do Ambiente da Índia, mas o documento foi desqualificado por Pachauri como sendo "ciência de vodu". Os relatórios do IPCC são elaborados por 3 000 cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas. ." Veja edição 2153/fev /2010

Se voce for aí ao lado nos marcadores no assunto meio ambiente ou aquecimento global irá encontrar outras postagens que discutem este assunto tão empolgante .

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Por que está chovendo tanto em São paulo?

Esta pergunta está na" boca do povo" como se diz por aí e a revista Veja traz uma reportagem esta semana explicando o porquê. O salageo publica alguns trechos selecionados. Veja !

"Há um mês e meio, os 11 milhões de habitantes de São Paulo vivem um drama que parece não ter fim ... A chuva causa congestionamentos monstruosos no trânsito, deixa bairros inteiros alagados e sem eletricidade, derruba casas e árvores e, até a sexta-feira passada, havia provocado a morte de 14 pessoas, carregadas pela enxurrada, vítimas de desabamentos ou queda de árvores. Em janeiro, o volume de água que se abateu sobre São Paulo foi de 480,5 milímetros. Isso representa o dobro da média histórica de janeiro e o maior volume registrado desde 1947 nesse mesmo mês. São Paulo é o epicentro das chuvas torrenciais que atingiram também outras áreas do Sul e do Sudeste do país....

No Rio Grande do Sul, cidades com volume de chuva médio de 100 milímetros no mês de janeiro, como Santa Maria, Santiago e São Luiz Gonzaga, foram castigadas com índices de 400 milímetros. A lavoura de arroz gaúcha sofreu perda de 1 milhão de toneladas de grãos, o suficiente para suprir a demanda do Brasil inteiro por um mês. Em Minas Gerais, nada menos que 52 cidades decretaram situação de emergência por causa da chuva. Em nenhuma cidade, contudo, os efeitos da chuvarada foram sentidos de forma tão constante quanto em São Paulo, a maior cidade do Hemisfério Sul e polo econômico que produz 12% do PIB do Brasil.

O brasileiro que vive no Sul ou no Sudeste está habituado às previsíveis chuvas de verão. Mas não a essa cortina de água que se repete dia após dia como se fosse uma reedição do dilúvio bíblico .... A pergunta que todos se fazem é por que chove tanto em um único lugar. A resposta mais curta é que existe uma conjunção excepcional de fatores meteorológicos, cada um deles contribuindo para a continuidade do aguaceiro....No que diz respeito à meteorologia, a chuva resultou de três fenômenos. O primeiro é o fluxo de ar úmido que todo ano segue da região amazônica em direção ao Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. Esse fluxo é intensificado pela evaporação das águas do Oceano Pacífico na região equatorial e do Oceano Atlântico no Caribe. Pois bem. Neste verão, o efeito El Niño aqueceu as águas do Pacífico equatorial em 2 graus. As águas do Caribe, por sua vez, também estão 1 grau mais quentes. A maior temperatura aumentou ainda mais a intensidade da umidade vinda do Norte, tornando-a mais propensa a provocar chuvas fortes.

O segundo fator ... foi o aquecimento do Atlântico – em 1,5 grau – na sua porção próxima à costa do Sudeste brasileiro. Isso faz com que a brisa marinha que chega ao planalto paulista, onde se localiza a capital, favoreça a ocorrência de fortes pancadas de chuva, principalmente no fim da tarde. O terceiro fator é o calor na cidade de São Paulo em janeiro. As temperaturas foram mais altas que a média do mês de janeiro nas últimas seis décadas. O calor favorece o aquecimento do solo, que por sua vez esquenta o ar. Este fica mais leve e sobe, formando nuvens carregadas. É um ciclo infernal de retroalimentação.

As chuvas fortes não causariam tantos problemas em São Paulo caso a cidade tivesse sido preparada para elas. Na virada do século XIX para o XX, impulsionada pela riqueza produzida pelo café e pelas indústrias, São Paulo deixou de ser uma vila provinciana para assumir sua vocação de metrópole. A partir daí, seus governantes optaram por canalizar boa parte de seus córregos e rios, transformando-os em galerias pluviais no subsolo da cidade. Sobre essas galerias foram construídas grandes avenidas, como 9 de Julho, 23 de Maio, Juscelino Kubitschek e Pacaembu. As galerias subterrâneas coletam a água da chuva dos bueiros e a levam para galerias maiores, que a despejam no Rio Tietê. Nesse processo, as enchentes ocorrem de duas formas. A primeira é quando o volume de água é maior do que aquele que as galerias comportam. Nesse caso, a água volta à superfície e causa alagamentos. A segunda é quando os próprios rios não comportam o volume de água despejado em seus leitos, e transbordam.

Para retardar a chegada da água aos rios há os chamados piscinões, grandes reservatórios subterrâneos que hospedam temporariamente as enxurradas. A quantidade de piscinões em São Paulo, porém, é insuficiente. O lixo jogado nas ruas também colabora para as enchentes, mas, segundo especialistas, é um fator secundário. "O problema real é o volume de chuvas em tantos dias consecutivos, que satura o solo e as galerias", diz o engenheiro Aluisio Canholi, coordenador técnico do Plano de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê e especialista em drenagem urbana...São paulo 1950 /fonte: revista Veja

.....Em 1947, quando ocorreu o recorde pluviométrico num mês de janeiro em São Paulo, a cidade tinha 2,2 milhões de habitantes e a chuva provocou problemas similares aos atuais, embora em escala menor. O principal fator pelo qual os relatos de tragédias em 1947 são menores que os registrados hoje é a forma de ocupação da cidade. Com ruas de terra, várzeas e lagoas pluviais às margens do Tietê, a água da chuva era mais facilmente escoada e drenada. Poucas horas depois da chuva, portanto, a cidade voltava ao normal. "Embora a chuva causasse danos, ela não criava pânico na população, como acontece hoje", diz o geógrafo Adler Guilherme Viadana, da Universidade Estadual Paulista. Hoje, ao contrário, é compreensível que os paulistanos encurralados pela água olhem em pânico para as nuvens de chuva no céu."

foto acima São paulo 2010

Fonte: trechos selecionados da reportagem Dilúvio...45º dia Veja/fev 2010

Se voce quer saber mais sobre o fenômeno El ninõ e suas consequências vá aí ao lado nos sites de pesquisa e clique no assunto