[ Oi pessoal. Semana passada estava com uns problemas de acesso à internet... Mas tô aqui.
Bem, correria agora na minha vida já voltou ao normal: estudar, militar, estar solta por aí em mil aventuras. Sexta-feira foi meu último dia de trabalho no Mercadão de Madureira mas na próxima segunda começam minhas aulas na UFRJ, me preparo para os trotes (ou para fugir deles).]
OITO DIAS
...........À Yosef ben Avraham Avinu
Que a chuva inunde a praça da próxima vez!
Que nem velas os homens acendam!
Que seja puro e lindo como há oito dias.
Divida-me o caminho,
a existência,
o prazer,
o põr-do-sol,
o amor,
a luta pelo socialismo,
o nascer dos dias mais belos,
e muito mais...
Tanta surpresa virá.
Amo-te.
Que o mundo inteiro saiba disto.
Quando estivermos juntos
que o tempo silencie!
Que os versos meus sejam todos para ti.
(Viviane de Sales)
SalaGeo
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terça-feira, 28 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
Terça Poética (19)
[ Semana passada estava corrida demais, desculpem-me aí não ter postado. ]
Um passo de cada vez, pra quê?
Se o que há de ser percorrido simplesmente será.
Perguntas são tantas,
são muitas,
se esgotam e se multiplicam,
se arrebentam ao meio,
e se diminuem!
A cada frase, uma condenação.
Um fruto caído,
um homem estendido.
E agora, já cansada de tudo,
procuro as chaves de casa.
Como sempre.
Seu sorriso era perfeito.
(Viviane de Sales)
terça-feira, 30 de junho de 2009
Terça Poética (18)
ELOGIO DO REVOLUCIONÁRIO
Quando aumenta a repressão, muitos desanimam.
Mas a coragem dele aumenta.
Organiza sua luta pelo salário, pelo pão
e pela conquista do poder.
Interroga a propriedade:
De onde vens?
Pergunta a cada idéia:
Serves a quem?
Ali onde todos calam, ele fala
E onde reina a opressão e se acusa o destino,
ele cita os nomes.
À mesa onde ele se senta
se senta a insatisfação.
A comida desce mal e a sala se torna estreita.
Aonde vai há revolta
e de onde o expulsam
persiste a agitação.
(Bertolt Brecht)
Quando aumenta a repressão, muitos desanimam.
Mas a coragem dele aumenta.
Organiza sua luta pelo salário, pelo pão
e pela conquista do poder.
Interroga a propriedade:
De onde vens?
Pergunta a cada idéia:
Serves a quem?
Ali onde todos calam, ele fala
E onde reina a opressão e se acusa o destino,
ele cita os nomes.
À mesa onde ele se senta
se senta a insatisfação.
A comida desce mal e a sala se torna estreita.
Aonde vai há revolta
e de onde o expulsam
persiste a agitação.
(Bertolt Brecht)
terça-feira, 16 de junho de 2009
Terça Poética (em decadência)
[Bom, depois falo mais sobre decadência. Por enquanto ainda durmo. ]
IDEOLOGIA (escrito em janeiro de 2008)
........................as relações (de poder)
constroem o mundo:
no trabalho,
...............na escola,
........na cama...
e quando acaba a transa
hoje em dia
sempre
.......alguém termina com cara de perdedor.
.......................... meu sonho de mundo
é comprar um terço do mundo.
(V. Sales)
terça-feira, 2 de junho de 2009
Terça Poética (16)
CONHECIMENTO
Dançante como a corrente sanguínea.
Esta linha de glóbulos
róseos.
Marítimos ares
de cores
azuis.
Sabemos
menos
que
as
pedras do rio.
E assim,
o conhecimento humano multiplica-se.
(Viviane de Sales)
terça-feira, 26 de maio de 2009
Terça Poética (15)
LUZES
Só um punhado de estrelas
não me basta.
Quero vê-las, todas.
Acordem e vejam junto a mim! Essas luzes
vêm do céu.
Uma única lâmpada acesa
não afastará o abismo. Acordem e vejam!
Sombras batem à porta.
Acendam todas as luzes, agora!
E vejam!
A fadiga, o descanso,
a sorte, tudo faz parte de um emaranhado
de estrelas.
Respirem, e sintam:
-Essa vida tem gosto, tem cheiro,
tem formas, tem idéias
( e luzes).
(Viviane de Sales)
terça-feira, 14 de abril de 2009
Terça Poética (13)
DIA FRIO...
uma ovelha sem asas voava pelo céu de lã,
poesia tem que ter sentido, objeto e sujeito.
ovelha não é sujeito, ovelha é animal, feito
de lã. meu caminho tem asas, onde voarei?
sem saberes, sem poderes e sem cortinas,
sou do tipo que abre a janela num dia frio
só pra sentir frio. preciso me aquecer, me
diga se existe algum calor dentro de mim.
VIVIANE DE SALES
terça-feira, 7 de abril de 2009
Terça Poética (12)
[ Tá aí um poeminha doido 'pro dia nascer feliz.' ]
TECIDO NU
Escrever um poemáculo esta noite
é um objetivo ainda intacto.
Palavras descriadas e malcriadas
cercam-me por todas as quinas.
Se fujo,
encontram-me de modo breve.
Se embrevo-me,
me fujo sem modos...
e me enfio em esquinas.
Se esquino-me,
a caça me enlasca
e as lascas
me caçam em modos femininos.
Se o que faço nada comunica,
desfaço e entrego-me ao chão.
Mas não! O mundo é que não me entende...!
O mundo não me engole,
e eu não me rendo...
Ando vestindo longos vestidos
de tecido nu.
Se escrevo em latim,
que traduzam em aramaico!
VIVIANE DE SALES
terça-feira, 31 de março de 2009
Terça Poética (11)
[ Gente, esse é do tempo das vacas magras! De 2006! Ha-ha! Tirei lá do antigo Blog das Vicentinas. ]
FOTOGRAFIAS
Às vezes canto,
mas ninguém ouve.
Às vezes fico alegre,
mas ninguém vê.
Este silêncio triste, em que vivo,
me condena a parecer quase invisível...
Se eu fosse morrer hoje
rasgaria todos meus poemas,
e todas as cartas que, durante anos,
escrevi para mim mesmo.
Se morresse hoje
deixaria apenas fotografias...
elas seriam a única prova
de que jamais estive no mundo.
VIVIANE DE SALES
terça-feira, 24 de março de 2009
Terça Poética (10)
[ E aí galera, estarei na Festa dos Calouros no sábado. Abraços! ]
VENTO SEM LITORAL
Asas de uma prisão,
carne selvagem,
braços de um rio longo
e sem donos.
Natureza abstrata,
um quase universo
torna realidade
a fantasia dos artistas...
através de meninos
e pedras de gelo.
Fonte: vivianedesales.blogspot.com (escrito em outubro de 2007)
VENTO SEM LITORAL
Asas de uma prisão,
carne selvagem,
braços de um rio longo
e sem donos.
Natureza abstrata,
um quase universo
torna realidade
a fantasia dos artistas...
através de meninos
e pedras de gelo.
Fonte: vivianedesales.blogspot.com (escrito em outubro de 2007)
terça-feira, 10 de março de 2009
Terça Poética (7)
[ Ei, galera! Desculpem o sumiço. Vida corrida, carnaval, falta de inspiração e má vontade com o PC. Permitam-me hoje trazer a poesia de uma música muito conhecida entre nós (acabei de acordar querendo ouvi-la!), escrita por Renato Russo: Por Enquanto. ]
Por Enquanto (Renato Russo)
Mudaram as estações e nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre,
sempre acaba!
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa...
Por Enquanto (Renato Russo)
Mudaram as estações e nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre,
sempre acaba!
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa...
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Terça Poética (6)
POEMA QUE ACONTECEU
Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.
A mão que escreve este poema
não sabe o que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.
(Carlos Drummond de Andrade)
Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.
A mão que escreve este poema
não sabe o que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.
(Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
A LEI SECA
...
Bebi.
Só uma dose de uísque.
Nada mais que isso.
Depois tomei um chope d' vinho.
Não era quase nada.
Mudei de bar,
e bebi umas duas ou três cervejas.
Saí de lá.
Passei em algum canto
e comprei vodka.
Cantei,
apesar da solidão.
E enlouqueci de tanta loucura!
Esqueci pra onde ia,
atravessei uma avenida qualquer e
m..o..r..r..i
de repente, atropelada por um bêbado
que dirigia um Porsche.
Ai, ai, ai,
ai que saudade de mim!
,
Fonte: vivianedesales.blogspot.com
Bebi.
Só uma dose de uísque.
Nada mais que isso.
Depois tomei um chope d' vinho.
Não era quase nada.
Mudei de bar,
e bebi umas duas ou três cervejas.
Saí de lá.
Passei em algum canto
e comprei vodka.
Cantei,
apesar da solidão.
E enlouqueci de tanta loucura!
Esqueci pra onde ia,
atravessei uma avenida qualquer e
m..o..r..r..i
de repente, atropelada por um bêbado
que dirigia um Porsche.
Ai, ai, ai,
ai que saudade de mim!
,
Fonte: vivianedesales.blogspot.com
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Terça Poética (3)
..
Aí, preciso dizer que escrever poesias num feriado não dá sorte.
Poemas são criaturas de dia de semana.
Essa rotina maluca, segunda a sexta,
pão com manteiga, corre-corre,
transporte lotado,
gente suada,
cumprimentos mecânicos (bom dia, pra quem mesmo?),
o álcool do entardecer.
Essa rotina maluca,
é disso que eles (miseráveis poemas) gostam.
Fonte: vivianedesales.blogspot.com
Aí, preciso dizer que escrever poesias num feriado não dá sorte.
Poemas são criaturas de dia de semana.
Essa rotina maluca, segunda a sexta,
pão com manteiga, corre-corre,
transporte lotado,
gente suada,
cumprimentos mecânicos (bom dia, pra quem mesmo?),
o álcool do entardecer.
Essa rotina maluca,
é disso que eles (miseráveis poemas) gostam.
Fonte: vivianedesales.blogspot.com
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Terça Poética (2)
[ Em diálogo com os poetas citados no post inaugural... ]
Vivo ao lado da arte, é uma convivência difícil.
.....
.T.......... TtETenho
.............um peso descomunal,
...............................às vezes o vento passa e leva apenas poeira.
................. . Tudo depende
.......... .......... do tipo de arte, de vida, de vento.
Uma parte de mim
............................é paisagem.
Quem sou eu?
Fonte: vivianedesales.blogspot.com
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Terça Poética (1)
...
Decidi começar o projeto Terça Poética aqui no SalaGeo dialogando com Quintana, Clarice, Pessoa e, como sempre, Gullar:
"A arte de viver
É simplesmente a arte de conviver...
Simplesmente, disse eu?
Mas como é difícil!"
(Mário Quintana)
Decidi começar o projeto Terça Poética aqui no SalaGeo dialogando com Quintana, Clarice, Pessoa e, como sempre, Gullar:
"A arte de viver
É simplesmente a arte de conviver...
Simplesmente, disse eu?
Mas como é difícil!"
(Mário Quintana)
"Posso ser leve como uma brisa, ou forte como uma ventania, depende de quando, e como você me vê passar"
...
(Clarice Lispector)
...
"E o escuro ruído da chuva
É constante em meu pensamento,
Meu ser é a invisível curva
Traçada pelo som do vento...(...)"
...
(Fernando Pessoa)
...
"(...)Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.(...)"
...
(Ferreira Gullar)
..
quarta-feira, 21 de maio de 2008
ILHAS
Não bebo Coca-Cola
nem freqüento fast-foods,
mas uso jeans...
E daí?
Não somos ilhas,
estamos cercados por índios nus
nesta aldeia global.
E não temos nada
além de uma bandeira:
azul vermelha branca.
VIVIANE DE SALES
Não bebo Coca-Cola
nem freqüento fast-foods,
mas uso jeans...
E daí?
Não somos ilhas,
estamos cercados por índios nus
nesta aldeia global.
E não temos nada
além de uma bandeira:
azul vermelha branca.
VIVIANE DE SALES
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