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sábado, 28 de agosto de 2010

Os Negros Rumo ao Topo


"Uma nova pesquisa revela que a população negra está ascendendo em velocidade jamais vista no Brasil e a educação superior tem sido um motor decisivo "
ROBERTA DE ABREU LIMA - revista VEJA

"Os negros chegaram ao topo da pirâmide social brasileira nos últimos dez anos em velocidade superior à de qualquer outro grupo de pessoas identificadas pelo Instituto Brasileiro de Geogratia e estatistica (IBGE) de acordo com a cor da pele. Enquanto o grupo de pessoas negras que atingiram o patamar de renda familiar mensal superior a 7000 reais cresceu 57%, o de indivíduos que se declaram brancos com os mesmos ganhos aumentou 17%. Esses dados constam de uma nova pesquisa da Fundação Getulio Vargas. Eles coroam um movimento de emergência social dos brasileiros negros que começou há cerca de dez anos"....
Típico representante do grupo, o engenheiro Sérgio Resende, 39 anos, não partiu exatamente do zero. Seus pais já haviam ascendido à classe média na cidade de Amargosa, no interior da Bahia, mas ele pertence à primeira geração do clã a conseguir ingressar numa universidade. Virou alvo de admiração. Hoje à frente de uma produtora musical em São Paulo, com faturamento superior a 3 milhões de reais por ano, Resende diz: “Reconheço que minha corrida teve um ponto de partida bastante favorável”.

A trajetória dos negros que hoje alcançam o topo é inédita não apenas pela quantidade de pessoas, mas também pelos caminhos seguidos para chegar lá. Tornou-se um estereótipo vazio e um dado insignificante em termos estatísticos a figura do negro que enriquece jogando futebol ou cantando e compondo. Os integrantes da nova classe alta chegaram ao ponto mais alto da pirâmide sem ter vindo ao mundo dotados de talentos incomuns. Eles simplesmente começaram sua trajetória ascendente de um patamar mais elevado, uma conquista de seus pais. São filhos e filhas de famílias que ascenderam socialmente há mais tempo. Essa é a característica comum aos personagens que ilustram as páginas desta reportagem. Não é a única. Ter tido acesso ao ensino superior foi também um fator poderoso de progresso pessoal.

No que diz respeito à universidade, tanto negros quanto brancos se beneficiaram de um fenômeno recente: a acirrada competição entre grupos de ensino superior que derrubou, em média, para a metade o custo das mensalidades. Mas, nessa subida da maré, nota-se uma diferença estatística marcante entre os dois grupos. Enquanto o número de brancos universitários dobrou, o de negros mais que triplicou nos últimos dez anos. Resume o economista Marcelo Neri, autor do estudo da FGV: “A educação superior está funcionando como um potente motor para a mobilidade social dos negros brasileiros em direção às camadas mais altas”.

Qual o papel das cotas e de outras políticas públicas especificamente destinadas às pessoas que se declaram negras no Brasil? Os estudos mostram que, por melhor que seja a intenção dos legisladores, os benefícios reais da intervenção estatal protetora foram inexpressivos. Os negros ascenderam pelo mérito e esforço individuais. No ensino superior, apenas oitenta de mais de 2 000 instituições adotam sistemas que beneficiam os negros, todas elas experiências que datam de 2002 para cá. “São ações isoladas e recentes demais para surtir qualquer efeito estatístico”, afirma o economista André Urani, um conhecido especialista no assunto. É interessante como essas ações estatais são superestimadas por seus promotores e pelos grupos de pressão que forçam sua aprovação.[...]
Uma das mais extensas pesquisas realizadas nos Estados Unidos para avaliar o efeito das medidas de ação afirmativa foi conduzida pelo economista negro Thomas Sowell em 2004. O estudioso comparou os resultados com experiências semelhantes levadas a cabo em quatro outros países, Índia, Malásia, Sri Lanka e Nigéria. Suas conclusões formam o mais racional e desapaixonado conjunto de razões para não adotar sistemas de cotas e outras leis discriminatórias. São elas:

• A ideia de temporariamente favorecer um grupo de pessoas em razão de sua raça é o primeiro passo para a eternização do racismo.

• Grupos não beneficiados pelas cotas são encorajados a cometer fraudes para obter as mesmas vantagens.

• A triagem por raça tende a favorecer os negros ricos, em prejuízo dos brancos mais pobres.

• O esforço em busca do maior desempenho individual é desencorajado tanto para negros (por desnecessário) quanto para brancos (por inútil), em prejuízo de toda a sociedade.

Os negros brasileiros que venceram obstáculos com sua própria força figuram também entre os críticos mais lúcidos das medidas de ação afirmativa. Formado em engenharia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em finanças e com uma bem-sucedida carreira em multinacionais, o carioca André Oliveira, 52 anos, é um exemplo. Diz ele: “As cotas são um incentivo ao comodismo, e eu acredito na meritocracia. Varei muita madrugada para chegar onde estou”.

Além de revelar o ingresso dos negros nos estratos mais altos, o estudo da FGV registrou sua movimentação para cima por todos os estratos da pirâmide. É uma notícia animadora. Finalmente, os brasileiros de raça negra começam a acertar os ponteiros históricos com os brancos. A desvantagem comparativa acumulada ainda é grande. A taxa de analfabetismo entre os negros é de 13%, o dobro da dos brancos. No mercado de trabalho, essa desproporção se repete. Um levantamento feito pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), de São Paulo, mostrou que apenas 5% dos cargos de decisão nas grandes empresas são ocupados por executivos negros. Esse número em si não revela discriminação, pois a pesquisa não cita qual a porcentagem de executivos negros que começaram a carreira em condição de igualdade com os colegas brancos. Para entender a realidade, é preciso buscar referências comparativas. [...]

"O preconceito remonta a 1888, ano da abolição da escravatura no Brasil, medida tardia que denuncia o atraso das elites políticas, e não apenas por só ter sido tomada até séculos depois de outras nações terem tornado sua prática um crime. A Suécia o fez em 1335. Os Estados Unidos, em 1865. E já em 1683 a Espanha tinha proibido a escravidão em colônias na América. O Brasil fez tarde e malfeito, pois livrou os escravos dos grilhões, mas não moveu uma palha para prepará-los para sua nova condição. Isso levou a maioria à miséria absoluta, seguida da dissolução moral, e, óbvio, atraiu sobre eles a carga de preconceito que só agora começa a ceder. Conclui o sociólogo Simon Schwartzman: “Os atuais dados da mobilidade dos negros são, afinal, um indicador de civilidade da sociedade brasileira”.

De acordo com o IBGE, há 14 milhões de negros no Brasil. A metade deles já pertence à classe média. Incorporada ao mercado consumidor com o vigor típico dos recém-chegados, a nova classe emergente negra investe e empreende. Os que agora chegam ao topo compõem uma força de trabalho qualificada e produtiva. “Tudo isso amplia o potencial de crescimento e de geração de bem-estar de todo o país”, diz o economista Maílson da Nóbrega. A primeira negra a se tornar desembargadora federal no Brasil, em 2004, a baiana Neuza Maria Alves, 59 anos, foi criada pela mãe, que trabalhava como empregada doméstica. Neuza conseguiu, à custa de muito estudo e sacrifício, diplomar-se em direito e passar no concurso para juíza. Mãe de três jovens, ela diz: “Sei que meus filhos estão em condições infinitamente melhores que as que eu tive para sonhar alto”. Bom para eles — e também para o país.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

RanKing PIB Mundial /2009 e 2008

Atenção Turmas 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006 . Cada aluno deverá ter uma cópia desta tabela que será trabalhada tecnicamente em classe, nesta próxima semana de 23 a 27/8.

Ranking PIB Mundial em bilhões de dólares 2009/2008



1

E.U.A

14,447

14,204

1

2

Japão

5,068

4,809

2

3

China

4,908

4,325

3

4

Alemanha

3,352

3,652

4

5

França

2,675

2,8853

5

6

Reino Unido *

2,183

2,645

6

7

Itália

2,2118

2,293

7

8

Brasil

1,574

1,612

8

9

Espanha

1,464

1,604

10

10

Canadá

1,336

1,400

11

11

Índia

1,235

1,217

12

12

Rússia

1,229

1,607

9

13

Austrália

997

1,015

14

14

México

874

1,085

13

15

Coréia do Sul

832

929

15

Fonte



FMI

World Bank



Obs:

União Européia**

16,447

13,563













* Reino Unido = Inglaterra , Escócia , País de Gales ( Grã-Bretanha ) e Irlanda do Norte

** União Européia = 27 países : Originalmente decada 50/60 Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Holanda . Em 1973 Dinamarca, Irlanda e Reino Unido, Em 1981 Grécia .Em 1983 Portugal e Espanha. Em 1995 Áustria, Finlãndia e Suécia Em 2004 República Theca,chipre, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Letónia, Lituánia, Malta e Polônia. Em 2007 Bulgária e Romênia



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Crescimento Econômico no Brasil durante o governo Lula

Abaixo você encontra os percentuais de crescimento dos países da América Latina entre os anos 2003 e 2009 , isto é durante os oito anos de governo do Presidente Lula .

click sobre a imagem para amplia-la.
Fonte: Jornal O globo 11/08/2010

sábado, 7 de agosto de 2010

Privatização e Telefonia no Brasil

Mais um da série ...
"A privatização das telecomunicações no Brasil completou 12 anos e apresenta um crescimento de 703% na oferta de serviços, um dos maiores índices do mundo.O número de clientes passou de 29,9 milhões em 1998 para 240 milhões, entre aqueles que usam telefone fixo, celular, banda larga e TV por assinatura.

A população brasileira é de aproximadamente 193 milhões de habitantes, o que significa que a mesma pessoa já contrata mais de um tipo de serviço. A telefonia celular foi o segmento que mais cresceu: 2.320%. Passou de 7,4 milhões de clientes, em 1998, para 179,1 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Já a telefonia fixa saiu de cerca de 20 milhões para 41,4 milhões no período. Os clientes da TV por assinatura, que eram 2,6 milhões em 1998, passaram a 7,9 milhões (204%).

A ampliação dos serviços significou receitas cada vez maiores para as operadoras e o aumento expressivo do recolhimento de impostos. O setor, que pagou R$ 8 bilhões em tributos em 1998, recolheu R$ 42,8 bilhões no ano passado (435%). As operadoras de serviços de telecomunicações investiram R$ 180 bilhões nos últimos 12 anos na expansão, modernização e melhoria da qualidade da prestação de serviços. Até o fim do primeiro trimestre de 2010, o setor empregava 400,9 mil pessoas."...


Fonte: Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel e Celular e Pessoal (SindiTelebrasil). Texto adaptado de OGloboonline 31/07/2010