O estudo revela que maior número de analfabetos brasileiros tem 65 anos ou mais , cerca de 30,8% deste total.O estudo revelou ainda que o analfabetismo é maior nas áreas rurais (22,8%) do que nas urbanas (7,4%), entre negros e pardos (13,4%) do que entre brancos (5,9%), entre homens (9,8%) do que mulheres (9,6%). Apesar destas diferenças, é na renda que está a maior disparidade. O analfabetismo entre pessoas que se situam na faixa de renda familiar per capita maior que três e menor do que cinco salários mínimos é cerca de 20 vezes menor que as pertencentes à faixa de até um quarto de salário mínimo.
A pesquisa do Ipea calculou também o número de analfabetos funcionais, que no Brasil são aqueles que têm menos de quatro anos de estudo e, embora saibam ler e escrever, têm dificuldade de entender um texto, por exemplo. Já são 15,6 milhões de pessoas acima dos 15 anos nesta condição, o que representa uma taxa de 10,7%.
Os analfabetos funcionais estão concentrados nas regiões Norte (12,6%) e Nordeste (12,4%). O Centro-Oeste tem a terceira maior taxa (10,6%), seguido pelo Sul (10,6%) e Sudeste (9,6%). Quando são comparados os dados relativos aos estados, nota-se a acentuação das desigualdades. O pior estado no ranking, é o Piauí, e o melhor, o Distrito Federal.
O Ipea faz uma ressalva: a taxa de analfabetismo funcional tende a ser afetada pela redução do analfabetismo, já que uma parcela considerável dos que se alfabetizam ingressa na categoria de analfabetos funcionais.
A pesquisa comparou a situação do analfabetismo no Brasil e em outros países do mundo, com base em dados da Unesco. O país está abaixo de países da América do Sul, como o Chile (1,4%), Uruguai (1,8%) e Colômbia (6,6%).
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