Cânions são vales profundos com encostas quase verticais, que podem se estender por centenas de quilômetros e atingir até 5 mil metros de profundidade.
À primeira vista, quem observa esses gigantescos entalhes na superfície do planeta poderia imaginar que eles foram criados de uma hora para outra por algum fenômeno catastrófico, como um terremoto capaz de abrir a terra e gerar um precipício.
Nada disso: em geral, os cânions têm um aprofundamento lento, que pode durar milhões de anos. Os autores principais dessas obras de arte são os rios.
“Dependendo da declividade do terreno, da quantidade de água e das fraturas do relevo, um curso d’água tem a capacidade de entalhar as rochas do leito por onde corre, dando origem aos paredões”, afirma a geógrafa Lylian Coltrinari, da Universidade de São Paulo (USP).
Entretanto, um rio não constrói um cânion sozinho. Nesse processo, também desempenham um papel importante os chamados soerguimentos, processos de choque e deslocamento de placas no interior da crosta terrestre que elevam gradualmente o relevo da região.
Conforme o terreno sobe, os rios que correm na superfície começam a ganhar velocidade e a aprofundar seus leitos, aumentando a altura dos paredões. Para os cientistas, os cânions possibilitam entender a origem das rochas e do relevo de uma região.
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