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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mudanças Climáticas / exercícios

Leia atentamente as páginas 80,81 e 82 do seu livro texto de Geografia e depois responda as questões propostas .
As respostas deverão ser dadas na forma discursiva e entregue em folha separada ao seu professor na data combinada para sua turma !
vamos aos questionamentos:
1) O planeta Terra apresentou, ao longo de sua de existência( aproximadamente 4,5 bilhões de anos ),uma temperatura constante? A que os especialistas atribuem essas diferenças climáticas?

2)Como os estudiosos provam que a Terra passou por períodos ora mais quentes, ora mais frios?

3)Quando aconteceu, segundo os estudiosos, a última alteração significativa de temperaturas no planeta Terra? O que aconteceu na época? Que provas ou evidências comprovam o fato?

4) Diferencie, segundo pontos de vista, os " freezers" dos "fryers"

5) A partir de tudo que você já leu sobre o assunto ( Aquecimento Global) se posicione quanto a grande questão em debate :"O ser humano está alterando o clima da Terra ?
Obs: Hoje existem duas correntes antagônicas nesta questão: Os radicais do IPCC que afirmam que o planeta está esquentando de forma significativa como consequência única da ação humana irresponsável e os chamados céticos que afirmam que o pequeno aquecimento verificado é resultado direto da própria evolução do planeta .
E você , de que lado está?Reuna elementos que justifiquem seu posicionamento .
obs: Busque aí ao lado nos marcadores e clique no titulo aquecimento global . Você poderá ler várias postagens sobre o assunto que lhes ajudará na formulação de seus argumentos.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Aquecimento Global em debate

O salageo acompanha, atento, o debate sobre aquecimento global . De um lado os ambientalistas mais radicais do IPCC apontam para um futuro cenário sombrio para o planeta e para a humanidade fruto apenas, segundo eles, da irracionalidade humana . Do outro lado os cientistas apelidados de céticos querem provar que, se o aquecimento existe , não é tudo isso que o outro lado aponta e também que a parcela única de responsabilidade humana é no mínimo questionável.
Veja trechos selecionados a seguir da reportagem desta semana da revista Veja sobre o assunto ...

"O dogma derrete antes das geleiras
Quem duvida do aquecimento global é tratado como inimigo da humanidade. Agora revelações sobre manipulações e fraudes nos relatórios climáticos mostram que os céticos devem ser levados a sério

"Nos últimos anos, a discussão sobre o aquecimento global e suas consequências se tornou onipresente entre governos, empresas e cidadãos. É louvável que todos queiram salvar o planeta, mas o debate sobre como fazê-lo chegou ao patamar da irracionalidade. Entre cientistas e ambientalistas, estabeleceu-se uma espécie de fervor fanático e doutrinário pelas conclusões pessimistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU. Segundo elas, ou se tomam providências radicais para cortar as emissões de gases do efeito estufa decorrentes da atividade humana, ou o mundo chegará ao fim do século XXI à beira de uma catástrofe. Nos últimos três meses, numa reviravolta espetacular, a doutrina do aquecimento global vem se desmanchando na esteira de uma série de escândalos. Descobriu-se que muitas das pesquisas que dão sustentação aos relatórios emi-tidos pelo IPCC não passam de especulação sem base científica. Pior que isso: os cientistas que conduzem esses estudos manipularam dados para amparar suas conclusões.O primeiro abalo na doutrina do aquecimento global se deu no fim do ano passado, quando um grupo de hackers capturou e divulgou mais de 1 000 e-mails trocados entre cientistas ligados à Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o principal centro mundial de climatologia.... As mensagens revelam que cientistas distorceram gráficos para provar que o planeta nunca esteve tão quente nos últimos 1 000 anos. As trocas de e-mails também mostraram que os climatologistas defensores da tese do aquecimento global boicotam os colegas que divergem de suas opiniões, recusando-se a repassar dados das pesquisas que realizam. Os e-mails deixam claro, ainda, que o grupo dos catastrofistas age para tentar impedir que os céticos (como são chamados os cientistas que divergem das teses do IPCC) publiquem seus trabalhos nas revistas científicas mais prestigiadas A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início do ano, quando se descobriu um erro grosseiro numa das pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em 2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global. O derretimento teria consequências devastadoras para bilhões de pessoas na Ásia que dependem da água produzida pelo degelo nas montanhas. Os próprios cientistas que compõem o IPCC reconheceram que a previsão não tem o menor fundamento científico e foi elaborada com base em uma especulação. O mais espantoso é que essa bobagem foi tratada como verdade incontestável por três anos, desde a publicação do documento.....A mentira sobre o Himalaia já havia sido denunciada por um estudo encomendado pelo Ministério do Ambiente da Índia, mas o documento foi desqualificado por Pachauri como sendo "ciência de vodu". Os relatórios do IPCC são elaborados por 3 000 cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas. ." Veja edição 2153/fev /2010

Se voce for aí ao lado nos marcadores no assunto meio ambiente ou aquecimento global irá encontrar outras postagens que discutem este assunto tão empolgante .

domingo, 3 de maio de 2009

Aquecimento Global - Opinião de Aziz Ab´Sáber

Desde que o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) divulgou seu terceiro relatório, as discussões sobre o aquecimento global pegam fogo. Alguns cientistas afirmaram que o painel da ONU foi cauteloso demais - futuro do planeta pode ser ainda mais sombrio. Outros discordam dessas conclusões e advogam contra o exagero e o alarmismo. Neste time joga o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Sáber. Hoje o salageo reproduz alguns trechos da entrevista desde famoso geógrafo publicada na revista National geográfica em 2007
Formado em geografia pela USP em 1944, especialista em geomorfologia e considerado um dos mais importantes ambientalistas do pais, o professor Aziz conhece como poucos a paisagem natural do Brasil e suas relações com o clima. Hoje com 83 anos, tem cerca de 300 artigos publicados, escreveu oito livros, deu aulas em várias universidades e, entre outros cargos na academia, foi presidente executivo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Mesmo aposentado, todas as noites comparece ao Instituto de Estudos Avançados da USP onde é professor honorário, e vibra como um pesquisador iniciante ao mostrar mapas e imagens do Nordeste feitas por satélite. ( É também, o autor da segunda classificação do relevo brasileiro que estamos estudando no momento, né pessoal da terceira série!!!)
Por que o senhor afirma que o aquecimento global não destruirá a Amazônia nem a mata Atlântica?
Houve muito alarmismo nessa questão. Embora algumas afirmações tenham sido feitas por bons cientistas, muitas conclusões foram divulgadas de forma equivocada. Logo me irritou a afirmação de que a Amazônia desaparecerá e o cerrado tomara conta de tudo. Como há décadas estudo o problema das flutuações climáticas e o jogo do posicionamento parcial dos grandes domínios geográficos brasileiros, senti-me ofendido culturalmente. Não havia ciência na afirmação.
Em nosso litoral existe a chamada corrente tropical sul- brasileira. É uma corrente de águas quentes que desce desde o Nordeste oriental até o sudeste de Santa Catarina. Uma das consequencias do aquecimento global é que essa corrente ficará mais larga, ocupará uma área mais afastada da costa e irá avançar mais para o sul do Brasil sobre a corrente friaque vem da Argentina . Portanto, essa corrente quente levará mais calor para as regiões localizadas entre a Argentina, o Uruguai e o Rio Grande do Sul e esta massa de água quente que chegará, provocará uma maior evaporação e aumentará a umidade causando mais chuvas . Portanto, não se pode dizer que a mata Atlântica será atingida pelo aquecimento global , pelo contrário, a tendência é que tanto a mata Atlântica como a Amazônia cresçam, e não que sejam reduzidas. Isso já aconteceu a antigamente, num período entre 6 mil e 5 mil anos atrás chamado de optimínum climático. Naquela época também houve um aquecimento do planeta, mas foi natural, e não causado pelo acúmulo dos gases na atmosfera, como hoje.

O que houve naquela época?

Entre 20 mil e 12 mil anos atrás, o planeta passou por um periodo de glaciação. Devido ao congelamento de águas marinhas nos polos Norte e Sul, o nivel dos oceanos era cerca de 90 metros mais baixo do que o registrado hoje. Depois disso, por volta de 11 mil anos atrás, houve um período de transição entre um clima frio e um mais ameno e ocorreu um ligeiro aquecimento da Terra. O frio intenso deu lugar a um clima miais tropical, como ocorria antes da glaciação. Com isso, as grandes manchas de floresta, que haviam ficado distantes umas das outras naquele clima frio e seco, cresceram e se emendaram. A esse processo, que aconteceui principalmente da costa brasileira, eu dei o nome de retropicalização.

E o que aconteceu depois?

O planeta cointinuou a esquentar, embora houvesse variações de temperatura para cima ou para baixo. Com isso, boa parte do gelo que estava concentrado nas regiões polares se derreteu. O auge desse aquecimento se deu entre 5 mil e 6 mil atrás, no optimum climático.
O aquecimento foi tal que o nível dos oceanos se elevou cerca de 2,90 metros acima do registrado hoje. O optimum e uma fase da história climática do mundo que vários cientistas e o próprio IPCC não consideraram. Como naquele periódo nem a mata Atlântica nem a Amazónia desapareceram do mapa, não é certo dizer que até 2100 a Amazónia vai virar cerrado.
O senhor tem alguma outra divergência em relação ao que foi divulgado sobre o aquecimento global?
Sim. Uma coisa é o aquecimento global, outra é sua continuidade ou não ao longo dos anos. Os cientistas dizem que vai ser sempre assim. O planeta ficará cada vez mais quente. Com isso, o calor provocará mais derretimento de geleiras, o que aumentará ainda mais o nivel do mar. E assim sucessivamente. Esse raciocínio é muito simplista. Não temos como saber nos próximos anos como o mar vai subir. Portanto, também não temos como avaliar quanto ele irá se elevar daqui a 100 ou 200 anos. Nesse periodo os continentes podem até abaixar mais e as águas do mar, inundar zonas costeiras bem maiores. Ou o contrário. Eles podem subir, como ocorreu depois do Plioceno. E com isso o mar irá recuar drasticamente.

O que o senhor sugere, diante do problema atual?
Primeiro, é preciso reduzir a emissão de gases particulados na atmosfera para mitigar o efeito estufa. Que fique bem claro que eu não discuto o aquecimento global. Depois, devem-se acompanhar os fatos ao longo de um certo espaço de tempo para avaliar todas as variações. A seguir, é fundamental um bom planejamento para evitar maiores conseqüências sobre as regiões costeiras, que serão as áreas mais atingidas. O extremo sul do Brasil, por exemplo, vai ser pouco afetado, já que, com a suspensao das águas, deve acontecer o que ocorreu durante o optimum climático. A corrente maritima quente irá descer mais para o sul, levando maior umidade e, conseqüentemente, mais chuva para o interior do território.


Bem, este é um ponto de vista de alguém que sabe o que esta falando mas , você não precisa aceitá-lo ou repeti-lo integralmente . Quer emitir seu parecer sobre o assunto ? A discussão está aberta aí em baixo nos comentários ....