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domingo, 23 de maio de 2010

O relevo da cidade do Rio de janeiro/ Geologia poética do Rio de Janeiro parte I

O salageo reedita este maravilhoso texto do geólogo Ivo Medina hoje, um dos mais conceituados estudioso na área de geologia ambiental na cidade e do país . Escrito no início dos anos 90 quando as chuvas de verão castigavam a cidade e era preciso alertar à população para os problemas de ocupação irregular das encostas , os impactos ambientais consequentes e da necessidade de ação imediata de todos . Nesta primeira parte ele descreve de forma técnica e poética todas as fisionomias do relevo carioca. Apreciem a beleza do texto....

Geologia Poética do Rio
“Passaram-se alguns bilhões de anos para sermos o que somos. Antes do homem, este recém- nascido, muita pedra rolou na superfície da terra. A paisagem carioca, com suas escarpas nuas e roliças, rochedos em forma de caninos apontados para o céu, ilhas e baía de Guanabara, é o resultado de longo e caprichoso trabalho de deformação, corte, torneamento, polimento, remoção, acumulação e outros processos. Um grandioso trabalho escultural. Alem das forças modeladoras invisíveis, as ferramentas da natureza são o vento a chuva, o calor, rios e os mares. O regime de chuvas torrenciais continua sendo um dos mais importantes fatores determinantes do nosso relevo, pelo seu poder erosivo. A água no percurso para o mar, carregando pedaços de terra, areia e lama, é o agente de destaque no desenho e escultura da terra carioca.
É claro que água mole em pedra dura funciona, mas acontecimentos anteriores que dobraram e cortaram as rochas do Rio facilitaram e fizeram um verdadeiro caminho paras águas que, fluindo, buscam e formam os vales. Os rios mais volumosos constroem leques de terra na base dos morros, dando origem aos primeiros terrenos de planície ou baixadas.
Como qualquer narrativa as vezes pede um flash back, é bom lembrar que o conjunto das montanhas cariocas foi desgarrado da serra do Mar pelo entalho da baixada do Guandu. Isso quer dizer que nossas serras pertenciam a um maciço principal ou cadeia de montanhas ligadas ao extenso planalto brasileiro que, tombando para o oceano como um basculante, permitiu que o mar invadisse os antigos vales fluviais formando baías, enseadas e mais tarde as lagoas típicas da costa do Rio. Foi assim que as encostas escarpadas e as montanhas sinuosas limitaram-se com o mar.
Se a gente reparar bem dá para perceber que as ilhas que ficam em frente a praia de Ipanema, como as Cagarras e a Ilhas Rasa (do farol)são parecidas com o topo das montanhas. Parecem montanhas afogadas. E são. O movimento do mar produz correntes, que vão lançando pontas de areia a partir de terra firme ou de ilhas próximas à costa. O avanço destes cordões as vezes liga as ilhotas entre si, ou mesmo a pontos diferentes do litoral. Um exemplo deste fenômeno é a antiga ilha formada pelo grupo dos morros da Urca e Pão de Açúcar, que se ligaram ao morro da Babilônia, no continente.
O Pão de Açúcar foi arredondado pelo vento, chuvas, calor, do sol e ondas de frio. Na verdade, foram varias as causas que esculpiram o monumento natural mais famoso do mundo. O corcovado e os vales profundos que vemos ao lado das estradas do Redentor e Paineiras, são resultado de grandes falhas geológicas, isto é de fraturas seguidas de deslocamentos de enormes massas de rochas.
A lagoa Rodrigo de Freitas, por sua vez, era uma enseada e foi virando um velho pedaço de mar enclausurado quando os cordões de areia foram se formando entre a pedra do Arpoador e o Leblon. Surgiu uma restinga com pequenas dunas onde foi construído o bairro de Ipanema. As águas da Lagoa foram aos poucos se misturando com a água doce vinda do continente. Hoje, a água é salobra e ruim: a palavra Ipanema significa água ruim em tupi-guarani.
Este é um espetáculo que só mesmo a terra pode contar. O que para o homem é símbolo de solidez, para ela é a simples expressão de sua fragilidade, do provisório.”...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mudanças Climáticas / exercícios

Leia atentamente as páginas 80,81 e 82 do seu livro texto de Geografia e depois responda as questões propostas .
As respostas deverão ser dadas na forma discursiva e entregue em folha separada ao seu professor na data combinada para sua turma !
vamos aos questionamentos:
1) O planeta Terra apresentou, ao longo de sua de existência( aproximadamente 4,5 bilhões de anos ),uma temperatura constante? A que os especialistas atribuem essas diferenças climáticas?

2)Como os estudiosos provam que a Terra passou por períodos ora mais quentes, ora mais frios?

3)Quando aconteceu, segundo os estudiosos, a última alteração significativa de temperaturas no planeta Terra? O que aconteceu na época? Que provas ou evidências comprovam o fato?

4) Diferencie, segundo pontos de vista, os " freezers" dos "fryers"

5) A partir de tudo que você já leu sobre o assunto ( Aquecimento Global) se posicione quanto a grande questão em debate :"O ser humano está alterando o clima da Terra ?
Obs: Hoje existem duas correntes antagônicas nesta questão: Os radicais do IPCC que afirmam que o planeta está esquentando de forma significativa como consequência única da ação humana irresponsável e os chamados céticos que afirmam que o pequeno aquecimento verificado é resultado direto da própria evolução do planeta .
E você , de que lado está?Reuna elementos que justifiquem seu posicionamento .
obs: Busque aí ao lado nos marcadores e clique no titulo aquecimento global . Você poderá ler várias postagens sobre o assunto que lhes ajudará na formulação de seus argumentos.

domingo, 4 de abril de 2010

Mortandade de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas



Em fevereiro houve uma mortandade eleveda de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro. Em todo o em torno, agentes da Comlurb recolhiam milhares de peixes do tipo favelha.
Volto em breve com mais noticias sobre o meio ambiente da nossa cidade!!!

segunda-feira, 29 de março de 2010

UM MAR DE DOENÇAS

Enquanto aguardamos as novas postagens da seção de Meio Ambiente das segundas-feiras edição 2010 , a Salageo repete uma postagem " tudo a ver" de nov/2009 da Cíntia Cristina , nossa menina verde
Pesquisas mostram que areias de praias cariocas estão infestadas de microrganismos nocivos à saúde.Há risco de infecções que podem afetar olhos, pele,ouvidos e intestino.
A beleza das praias do Rio de Janeiro é um dos bens mais preciosos de um vasto patrimônio natural que inspirou relatos extasiados dos primeiros europeus que navegaram ao longo de sua orla e, também, algumas das canções mais conhecidas da música popular brasileira.
Manchas de poluição no mar, favelas de onde descem lixo e esgoto, sujeira e assaltos a banhistas são alguns dos sinais da degradação da orla que se pode enxergar a olho nu. É na areia, entretanto, que reside um grave problema de saúde pública, este só visível ao microscópio: as praias cariocas transformaram-se num imenso criadouro de microrganismos causadores de doenças.Diversos fatores contribuem para a poluição das areias. Há as línguas negras,rastros de sujeira observados na areia após chuvas torrenciais que carregam lixo e esgoto para o mar; o lixo deixado pelos frequentadores, que atrai animais transmissores de doenças, como ratos e pombos; e o péssimo hábito de banhistas de levar cachorros para a praia.
Para mudar esse cenário, e continuar apreciando as nossas praias durante os dias de calor que ainda estão por vir,nós cariocas precisamos nos monitorar tomando iniciativas ecologicamente corretas para o nosso bem estar e segurança de nossa saúde,e também é uma maneira de preservar as praias para as próximas gerações!
Iniciativas:
*leve sempre uma sacola plástica para jogar o lixo,não se esquecendo de ao ir embora colocar no local correto,que é na lixeira;
*Não deixar os cachorros fazerem suas necessidades na areia,isso trás doenças e também não é nada limpo;
*Forre cangas ao sentar na areia,para se protejer de supostos microorganismos que estejam expostos ali naquele local;
*Não jogue butucas de cigarro e nem comida na areia;
Todos nós vamos nos beneficiar de nossas atitudes corretas!
O verão ta ai!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ilhas Oceânicas brasileiras

Que o Brasil é conhecido lá fora pela beleza de seu litoral pontilhado de prais e ilhas tropicais isto não se discute . Mas não são destas ilhas quese deseja falar agora aqui no salageo e sim das Ilhas oceânicas brasileiras . Este era o tema da pesquisa proposta no TICO 1 da terceira série. Distantes mais de 900 km da costa brasileira encontramos os arquipélagos de Fernando de Noronha, os Penedos de São Pedro e São Paulo, a Ilha de Trindade e Martins Vaz e o Atol das Rocas . O salageo começa hoje, e durante toda esta semana vai postar sobre esses paraísos apontadoscomo ” pontos perdidos no oceano” masque pertencem ao território brasileiro .
Comecemos pelo menos conhecido....
A ilha de Trindade (9,2 milhões de m²) junto com Martins Vaz ( duas ilhas, somando 2,5 milhões de m²) formam um arquipélago de origem vulcânica localizado, a 1167 km do litoral do Espírito Santo e distante apenas 2400 km da África.
É lá queo Brasil começa e onde o sol nasce primeiro pois, constitui a porção mais oriental , isto é o pedaço do Brasil mais distante do nosso litoral.
Supervisionada atualmente pela Marinha Brasileira, lá a natureza é virgem, tartarugas marinhas são preservadas, espécies endêmicas de plantas ainda sobrevivem e pouquíssimas pessoas podem chegar.O arquipélago pertence a uma cadeia de montanhas submarinas do Atlântico e mesmo tão pequeno possue atrações naturais diversificadas: são 12 praias, a maioria formadas por solo de pedra e corais, e cada enseada possui uma característica diferente, comoum pico, uma vegetação rasteira, uma piscina natural, solo de terra vermelha, túnel e costões íngremes.O clima é oceânico tropical com temperatura média anual de 25º C .As temperaturas são estáveis, mas o tempo muda constantemente em poucos minutos. O sol escaldante, diversas vezes, é ocultado por chuvas torrenciais, conhecidascomo “pirajás”, traduzidascomo “ passam rápido”. Nestas ocasiões é possível observar a formação de arco-íris de forte coloração.Quando o tempo está limpo da ilha de Trindade, é possível ver a ilha vizinha de Martim Vaz( foto ao anoitecer com helicoptero da marinha ), formada por um rochedo íngreme a 49 quilômetros Lá a vegetação é rasteira no topo e não há presença humana, apenas caranguejos e pássaros migratórias.Trindade também serve para alimentar lendas na memória de marinheiros sobre tesouros escondidos no local. A ilha já pertenceu à Inglaterra e foi presídio político, mas hoje é um local de preservação administrado pela Marinha.Devido ao tipo de formação geológica e ao isolamento geográfico, o complexo insular possui poucas espécies vegetais, destacando-se a samambaia-gigante, queocorre nas encostas escarpadas, e herbáceas, presentes nos terrenos arenosos. Existem ainda plantas exóticas, castanheiras, bananeiras e coqueiros, introduzidas pelas expedições e pelos integrantes da Marinha do Brasil, quetem base na ilha.A fauna é constituída por crustáceos, peixes e animais marinhos. Em época de desova, as praias da Trindade recebem grandes tartarugas marinhas queali vão enterrar seus ovos. São da espécie Chelonia mydas, ou tartaruga verde. Caranguejos terrestres também freqüentam as praias, descendo das encostas da ilha para encontrar nos ovos e filhotes da Chelonia mydas parte do alimentoque necessitam.


domingo, 21 de fevereiro de 2010

Aquecimento Global em debate

O salageo acompanha, atento, o debate sobre aquecimento global . De um lado os ambientalistas mais radicais do IPCC apontam para um futuro cenário sombrio para o planeta e para a humanidade fruto apenas, segundo eles, da irracionalidade humana . Do outro lado os cientistas apelidados de céticos querem provar que, se o aquecimento existe , não é tudo isso que o outro lado aponta e também que a parcela única de responsabilidade humana é no mínimo questionável.
Veja trechos selecionados a seguir da reportagem desta semana da revista Veja sobre o assunto ...

"O dogma derrete antes das geleiras
Quem duvida do aquecimento global é tratado como inimigo da humanidade. Agora revelações sobre manipulações e fraudes nos relatórios climáticos mostram que os céticos devem ser levados a sério

"Nos últimos anos, a discussão sobre o aquecimento global e suas consequências se tornou onipresente entre governos, empresas e cidadãos. É louvável que todos queiram salvar o planeta, mas o debate sobre como fazê-lo chegou ao patamar da irracionalidade. Entre cientistas e ambientalistas, estabeleceu-se uma espécie de fervor fanático e doutrinário pelas conclusões pessimistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU. Segundo elas, ou se tomam providências radicais para cortar as emissões de gases do efeito estufa decorrentes da atividade humana, ou o mundo chegará ao fim do século XXI à beira de uma catástrofe. Nos últimos três meses, numa reviravolta espetacular, a doutrina do aquecimento global vem se desmanchando na esteira de uma série de escândalos. Descobriu-se que muitas das pesquisas que dão sustentação aos relatórios emi-tidos pelo IPCC não passam de especulação sem base científica. Pior que isso: os cientistas que conduzem esses estudos manipularam dados para amparar suas conclusões.O primeiro abalo na doutrina do aquecimento global se deu no fim do ano passado, quando um grupo de hackers capturou e divulgou mais de 1 000 e-mails trocados entre cientistas ligados à Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o principal centro mundial de climatologia.... As mensagens revelam que cientistas distorceram gráficos para provar que o planeta nunca esteve tão quente nos últimos 1 000 anos. As trocas de e-mails também mostraram que os climatologistas defensores da tese do aquecimento global boicotam os colegas que divergem de suas opiniões, recusando-se a repassar dados das pesquisas que realizam. Os e-mails deixam claro, ainda, que o grupo dos catastrofistas age para tentar impedir que os céticos (como são chamados os cientistas que divergem das teses do IPCC) publiquem seus trabalhos nas revistas científicas mais prestigiadas A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início do ano, quando se descobriu um erro grosseiro numa das pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em 2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global. O derretimento teria consequências devastadoras para bilhões de pessoas na Ásia que dependem da água produzida pelo degelo nas montanhas. Os próprios cientistas que compõem o IPCC reconheceram que a previsão não tem o menor fundamento científico e foi elaborada com base em uma especulação. O mais espantoso é que essa bobagem foi tratada como verdade incontestável por três anos, desde a publicação do documento.....A mentira sobre o Himalaia já havia sido denunciada por um estudo encomendado pelo Ministério do Ambiente da Índia, mas o documento foi desqualificado por Pachauri como sendo "ciência de vodu". Os relatórios do IPCC são elaborados por 3 000 cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas. ." Veja edição 2153/fev /2010

Se voce for aí ao lado nos marcadores no assunto meio ambiente ou aquecimento global irá encontrar outras postagens que discutem este assunto tão empolgante .

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Por que está chovendo tanto em São paulo?

Esta pergunta está na" boca do povo" como se diz por aí e a revista Veja traz uma reportagem esta semana explicando o porquê. O salageo publica alguns trechos selecionados. Veja !

"Há um mês e meio, os 11 milhões de habitantes de São Paulo vivem um drama que parece não ter fim ... A chuva causa congestionamentos monstruosos no trânsito, deixa bairros inteiros alagados e sem eletricidade, derruba casas e árvores e, até a sexta-feira passada, havia provocado a morte de 14 pessoas, carregadas pela enxurrada, vítimas de desabamentos ou queda de árvores. Em janeiro, o volume de água que se abateu sobre São Paulo foi de 480,5 milímetros. Isso representa o dobro da média histórica de janeiro e o maior volume registrado desde 1947 nesse mesmo mês. São Paulo é o epicentro das chuvas torrenciais que atingiram também outras áreas do Sul e do Sudeste do país....

No Rio Grande do Sul, cidades com volume de chuva médio de 100 milímetros no mês de janeiro, como Santa Maria, Santiago e São Luiz Gonzaga, foram castigadas com índices de 400 milímetros. A lavoura de arroz gaúcha sofreu perda de 1 milhão de toneladas de grãos, o suficiente para suprir a demanda do Brasil inteiro por um mês. Em Minas Gerais, nada menos que 52 cidades decretaram situação de emergência por causa da chuva. Em nenhuma cidade, contudo, os efeitos da chuvarada foram sentidos de forma tão constante quanto em São Paulo, a maior cidade do Hemisfério Sul e polo econômico que produz 12% do PIB do Brasil.

O brasileiro que vive no Sul ou no Sudeste está habituado às previsíveis chuvas de verão. Mas não a essa cortina de água que se repete dia após dia como se fosse uma reedição do dilúvio bíblico .... A pergunta que todos se fazem é por que chove tanto em um único lugar. A resposta mais curta é que existe uma conjunção excepcional de fatores meteorológicos, cada um deles contribuindo para a continuidade do aguaceiro....No que diz respeito à meteorologia, a chuva resultou de três fenômenos. O primeiro é o fluxo de ar úmido que todo ano segue da região amazônica em direção ao Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. Esse fluxo é intensificado pela evaporação das águas do Oceano Pacífico na região equatorial e do Oceano Atlântico no Caribe. Pois bem. Neste verão, o efeito El Niño aqueceu as águas do Pacífico equatorial em 2 graus. As águas do Caribe, por sua vez, também estão 1 grau mais quentes. A maior temperatura aumentou ainda mais a intensidade da umidade vinda do Norte, tornando-a mais propensa a provocar chuvas fortes.

O segundo fator ... foi o aquecimento do Atlântico – em 1,5 grau – na sua porção próxima à costa do Sudeste brasileiro. Isso faz com que a brisa marinha que chega ao planalto paulista, onde se localiza a capital, favoreça a ocorrência de fortes pancadas de chuva, principalmente no fim da tarde. O terceiro fator é o calor na cidade de São Paulo em janeiro. As temperaturas foram mais altas que a média do mês de janeiro nas últimas seis décadas. O calor favorece o aquecimento do solo, que por sua vez esquenta o ar. Este fica mais leve e sobe, formando nuvens carregadas. É um ciclo infernal de retroalimentação.

As chuvas fortes não causariam tantos problemas em São Paulo caso a cidade tivesse sido preparada para elas. Na virada do século XIX para o XX, impulsionada pela riqueza produzida pelo café e pelas indústrias, São Paulo deixou de ser uma vila provinciana para assumir sua vocação de metrópole. A partir daí, seus governantes optaram por canalizar boa parte de seus córregos e rios, transformando-os em galerias pluviais no subsolo da cidade. Sobre essas galerias foram construídas grandes avenidas, como 9 de Julho, 23 de Maio, Juscelino Kubitschek e Pacaembu. As galerias subterrâneas coletam a água da chuva dos bueiros e a levam para galerias maiores, que a despejam no Rio Tietê. Nesse processo, as enchentes ocorrem de duas formas. A primeira é quando o volume de água é maior do que aquele que as galerias comportam. Nesse caso, a água volta à superfície e causa alagamentos. A segunda é quando os próprios rios não comportam o volume de água despejado em seus leitos, e transbordam.

Para retardar a chegada da água aos rios há os chamados piscinões, grandes reservatórios subterrâneos que hospedam temporariamente as enxurradas. A quantidade de piscinões em São Paulo, porém, é insuficiente. O lixo jogado nas ruas também colabora para as enchentes, mas, segundo especialistas, é um fator secundário. "O problema real é o volume de chuvas em tantos dias consecutivos, que satura o solo e as galerias", diz o engenheiro Aluisio Canholi, coordenador técnico do Plano de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê e especialista em drenagem urbana...São paulo 1950 /fonte: revista Veja

.....Em 1947, quando ocorreu o recorde pluviométrico num mês de janeiro em São Paulo, a cidade tinha 2,2 milhões de habitantes e a chuva provocou problemas similares aos atuais, embora em escala menor. O principal fator pelo qual os relatos de tragédias em 1947 são menores que os registrados hoje é a forma de ocupação da cidade. Com ruas de terra, várzeas e lagoas pluviais às margens do Tietê, a água da chuva era mais facilmente escoada e drenada. Poucas horas depois da chuva, portanto, a cidade voltava ao normal. "Embora a chuva causasse danos, ela não criava pânico na população, como acontece hoje", diz o geógrafo Adler Guilherme Viadana, da Universidade Estadual Paulista. Hoje, ao contrário, é compreensível que os paulistanos encurralados pela água olhem em pânico para as nuvens de chuva no céu."

foto acima São paulo 2010

Fonte: trechos selecionados da reportagem Dilúvio...45º dia Veja/fev 2010

Se voce quer saber mais sobre o fenômeno El ninõ e suas consequências vá aí ao lado nos sites de pesquisa e clique no assunto

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Curiosidades do Pau Brasil

  • salageovocee Embora sem comprovação efetiva, prevalece entre pesquisadores a convicção de que a própria nau que levou a notícia do descobrimento a D. Manuel houvesse carregado toros de pau-brasil.
  • Na Holanda do século XVI, a população carcerária não devia querer ouvir falar em pau-brasil. Sabe por quê? Lá, as toras eram reduzidas a pequenos fragmentos e raspas pelos presos nas casas de detenção e, nesse estado, entregues às tinturarias.
  • Pau-brasil: um nome em cada porto:
    Nos países de língua francesa, ele é chamado de Bois de Brésil e de Bresillet de Pernambuco.
    Nos países de língua inglesa, ele é conhecido por Brazil-wood, Pernambuco-wood, Lima-wood, Nicarágua-wood, peach-wood, sapam-wood ou bukkum-wood.
    Na Argentina, o chamam de pinango.
    Na Índia, de sapam.
    E na Espanha, seus nomes são palo Brazil ou palo de Santa Marta.
  • A respeito de sua vasta lista de nomes, vale lembrar que o pau-brasil original mesmo, o legítimo, existe em uma única espécie no Brasil. O também famoso sapam, de origem indiana, apesar de muito parecido com o pau-brasil, é um gênero de uma família diferente da Caesalpinia. Portanto chamar um sapam de pau-brasil ou vice-versa constitui-se em uma tremenda gafe botânica!
  • O famoso naturalista Von Martius em sua "Viagem pelo Brasil" escreveu: "Numerosas como sejam essas plantas na América (as leguminosas) entretanto só raras vezes o olhar se depara com elas em conjunto, pois não são sociáveis e crescem separadas no meio de outras. Será erro crer que no Brasil se possam encontrar matas inteiras do nobre pau de tinturaria (...) Ele cresce isolado entre os mais diversos vizinhos na mata virgem".
  • Especialistas em química e em medicina da Universidade Federal de Pernambuco estão realizando experimentos com o princípio ativo extraído do pau-brasil a fim de investigarem sua ação anti-neoplásica, ou seja, sua eficiência no combate a certos tipos de tumor. Em algumas aplicações em ratos, a substância conseguiu propiciar a inibição do tumor em até 87%.
  • Pau pra toda obra:
    Além da tinta corante, o pau-brasil também foi muito utilizado na construção naval, na construção civil e em trabalhos de torno em marcenaria de luxo. Na atualidade, a madeira é basicamente utilizada para a confecção de arcos de violino.
  • MPB: Música do pau-brasil
    Segundo dados históricos, coube a um gênio projetista francês do século XVIII, François Tourte, a criação do arco de violino a partir da madeira considerada a ideal - o pau-brasil - conhecido na França também como "Fernambouc", uma corruptela de Pernambuco.
    Os dados a respeito do uso do pau-brasil na confecção de arcos de violino são bastante incompletos. Não existem números confiáveis sobre a quantidade de madeira exportada para este propósito e quanto se gasta de madeira para se fazer um arco. Negociantes de madeira relutam em divulgar estas informações, mas estima-se que anualmente negociam-se 200 metros cúbicos, embora este número possa aumentar, pois muita madeira é gasta no processo de fabricação dos arcos. (Um arco de violino típico requer o uso de 1 kg de madeira).
    O que deve ser cobrado das autoridades competentes é uma rigorosa vigilância sobre essa indústria, a fim de evitarem abusos que levem a novos desastres ecológicos. Caso contrário, cada vez que um arco de violino no mundo fizer gemer o instrumento, seremos forçados a nele reconhecer o grito lancinante de um pau-brasil caindo ao chão, indefeso!
  • Vejamos agora um exemplo de absoluta falta de consciência ecológica.
    Perguntado, certa vez, porque em um reflorestamento obrigatório por lei, plantou muito mais eucalipto do que pau-brasil, um grande negociante da madeira, do Espírito Santo, respondeu: "Eucalipto cresce rapidamente, enquanto o pau-brasil leva 100 anos para tornar-se uma árvore de corte. Por que, então, vou plantar uma coisa que nem meus filhos vão ver?" Confronte tal raciocínio com o do chefe Seattle. E aí? Quem é mesmo mais civilizado?
  • Nem tudo o que é bom pra Metrópole...
    O pau-brasil foi uma das árvores mais cobiçadas pelos europeus, após o descobrimento. Mas não eram só os europeus que o queriam: os habitantes da Capitania de Porto Seguro queriam aproveitá-la, mas Portugal não deixava - ela era monopólio da "Coroa", de acordo com um decreto de D. Manuel.
  • O pau-brasil é coisa nossa!
    Diogo de Campos Moreno, a quem se atribui o "Livro que dá razão do Estado do Brasil", defendeu o corte de pau-brasil pelos habitantes da Capitania de Porto Seguro que, para ele, seria o único "remédio" para diminuir um pouco a penúria em que a população vivia.
  • Je t’aime, pau-brasil
    Os franceses chegaram com uma expedição ao rio Doce onde os nativos tentaram convencê-los a desembarcar, com a condição de que ajudariam a cortar e carregar a madeira na nau. Os franceses não acreditaram: se aceitassem, seriam facilmente dominados e talvez comidos. Em 1558, outra nau francesa apareceu, desta vez em Itapemirim, na Capitania do Espírito Santo. Não teve tanta sorte: os tripulantes desceram, foram combatidos e vinte deles presos. Portugal chegou a fortificar Porto Seguro para rechaçar os invasores.
  • O pau-brasil e a pena de morte!
    Em 1775, a punição para quem cortasse pau-brasil ia do confisco dos bens até a pena de morte. Apesar disso, no Espírito Santo, ele era vendido a 240 réis o quintal. "Quintal" era a unidade de medida de peso vigente na época, equivalente a aproximadamente 60 quilos.
  • Em busca do tempo perdido
    Se quisesse renovar as antigas florestas, o Brasil precisaria de mais de 100 anos!
  • Coisas do arco da velha!
    No final da década de 70, um grande madeireiro capixaba afirmou: "Dos sete violinos Stradvarius que existem no mundo, conheci dois, um em Milão e outro em Paris, com arcos feitos de pau-brasil, numa época em que o país não havia sido descoberto. Há registros também de violinos europeus menos famosos, datados da Idade Média, com arcos fabricados em pau-brasil."
  • Durante excursão que realizou pela "costa do pau-brasil", em 1981, o botânico Prof. Francismar Francisco Alves Aguiar encontrou vários povoados com o nome de Pau-brasil.
  • A 100 km de Vitória (Espírito Santo) está localizado um dos povoados brasileiros com o nome de Pau-brasil. Ironicamente, lá a madeira está extinta, ficando o lugarejo localizado justamente em meio a uma espessa floresta de eucaliptos.
  • "Eu mesmo nunca vi pau-brasil, nem sei pra que serve." e "A professora nunca me falou dele." são frases recolhidas entre os habitantes de Pau-brasil (ES), no início da década de 80.
  • O viajante Saint-Hilaire, no século XIX, assim descreveu o desmatamento de que foi testemunha no mesmo local em que hoje se situa o miserável povoado de Pau-brasil : "Na época de minha viagem (1816 a 1822), já tinham vindo arrancar as raízes, depois de haver cortado todas as árvores."
  • Na opinião do professor João Vasconcelos Sobrinho, a intensa e contínua exploração do pau-brasil pelos portugueses, associada à dos franceses, holandeses, ingleses e espanhóis, no período de 1500 a 1875, possivelmente tenha sido a causa do processo de desertificação do Nordeste.
  • Apesar da quase certeza da extinção do pau-brasil, em 1928, o então estudante de agronomia João Vasconcelos Sobrinho e o professor de botânica Bento Pickel, num local chamado Engenho São Bento, hoje sede da Estação Ecológica da Tapacurá da Universidade Federal Rural de Pernambuco, verificaram a presença de uma árvore de pau-brasil, eliminando qualquer dúvida sobre a sua extinção ainda em nossas matas.
  • Não há registros da existência do pau-brasil no sul do país e nem sequer na Amazônia. Não há referência dele nessas regiões nem mesmo pelos índios que as habitavam.
  • Os naturalistas Piso e Marcgravena registraram o pau-brasil com o nome tupi de Ibirapitanga na "História Naturalis Brasiliae", em 1649. Dele também se ocuparam vários cientistas de renome como Velosso, Sprengel e Voguel.
  • Os historiadores são unânimes em afirmar que o primeiro ciclo da história econômica do Brasil foi o do pau-brasil. "Por este modo se tem feito muitos homens ricos" afirmou o historiador Brandônio. O ciclo do pau-brasil encerrou-se em 1875. Ou seja, foram ao todo 374 anos de exploração predatória.
  • Botanicamente, só existe uma espécie de pau-brasil, conhecida por Caesalpinia echinata Lam., embora outras espécies de árvores sejam erroneamente chamadas de pau-brasil, simplesmente por apresentar algumas semelhanças com a planta verdadeira. São, assim, os chamados falsos paus-brasil. Dentro da espécie Caesalpinia echinata o que pode ocorrer são variedades ou raças geográficas que apresentam pequenas diferenças morfológicas na forma e na quantidade de acúleos (espinhos) e no tamanho dos folíolos e pinas (parte das folhas). Atualmente algumas pesquisas estão sendo realizadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na Ceplac (BA) e na Embrapa (DF) em vistas de esclarecer essas controvérsias.
  • Pau-brasil: poesia de exportação
    O escritor modernista Oswald de Andrade lançou, em Paris, em 1924, O Manifesto da Poesia Pau-brasil. A relação do manifesto poético com nossa árvore símbolo diz respeito ao fato de ter sido o pau-brasil nosso primeiro produto de exportação, desejando Oswald, então, criar a primeira poesia de exportação brasileira, a poesia pau-brasil.
    No manifesto, Oswald atenta a todo instante para o fato de precisarmos estar mais voltados à nossa realidade, vendo o Brasil de "dentro para fora" e não com a visão estereotipada e preconceituosa típica dos colonizadores europeus que por tanto tempo nos dominaram. Tanto quanto nossa primeira riqueza, a poesia pau-brasil pretendia se revestir de um caráter primitivista, que assumisse criticamente os contrastes históricos e culturais a que fomos submetidos

  • terça-feira, 10 de novembro de 2009

    Recifes Artificiais em Itaguaré/S.P


    - A Praia de Itaguaré, em Bertioga, ganhá novos recifes artificiais a partir do ano que vem. A exemplo do que foi feito entre 1997 e 2000, o local receberá dezenas de estruturas de concreto e aço que, submersas, têm a função de recompor o ecossistema marinho da região, além de inibir a pesca predatória. Nos próximos dias, técnicos da Fundação de Estudos de Pesquisas Aquáticas (Fundespa) iniciarão estudos para definir os pontos onde serão lançadas as estruturas. O trabalho de campo deve durar cerca de seis meses.
    Com 3,5 km, a praia tem faixa larga de areia dura. Numa de suas extremidades, deságua o rio que leva o mesmo nome, onde é possível fazer passeios de barco ou canoas. Procurada por surfistas, é considerada praticamente a única praia virgem da região.
    Entre as ações a serem executadas estão a identificação das espécies presentes na praia, bem como a análise dos sedimentos e das correntes marítimas que influenciam o ecossistema da região.
    - O próximo passo será fazer o licenciamento ambiental das áreas escolhidas e, posteriormente, o lançamento das estruturas - explicou o prefeito, que acredita que até junho de 2010 este trabalho esteja concluído.
    O diretor de Operações Ambientais do Município, Bolívar Barbanti Júnior, explicou que, ao serem colonizados, os recifes artificiais imitam a natureza biológica do ecossistema marinho, agregando biomassa e biodiversidade.
    A instalação de novos recifes artificiais em Bertioga deve contribuir para o aumento da produção de pescado na cidade. Isso porque, várias espécies de peixes de importância econômica e ecológica utilizam estes hábitats como abrigos contra predadores, além de funcionaram como áreas de crescimento, reprodução e alimentação.
    Uma em cada quatro espécies marinhas vive em ambientes recifais, incluindo 65% dos peixes. Por abrigarem uma extraordinária variedade de plantas e animais, essas formações sofrem rápido processo de degradação. Justamente por esse motivo é que os recifes artificiais são usados como mecanismo de recuperação desses ecossistemas. Além disso, os recifes também podem alavancar a pesca esportiva.
    A estrutura do recife artificial é feita em concreto ou aço, em formato que facilita a formação de criadouros de peixes e outras espécies marinhas. O modelo adotado pela Prefeitura de Bertioga também inibe a parelha, método de pesca em que dois barcos navegam lado a lado com grandes redes, varrendo toda a coluna de água e o fundo.
    No período de 1997 e 2000 foram instaladas 200 estruturas de concreto e 90 de aço, em Bertioga, para recuperação do ecossistema costeiro e exclusão do arrasto de fundo.

    fonte: globo on line 3/11/09

    domingo, 1 de novembro de 2009

    Do ouro a soja / Riquesas do Cerrado



    Alô turma da terceira série o salageo publica trechos selecionados do artigo de Rodrigo Cunha que saiu na revista eletrônica comciencia falando sobre o Cerrado , as atividades econômicas através dos tempos e os impactos ambientais decorrentes .

    ...." A migração para o interior do país, hoje mais intensa, começou a dar os seus primeiros passos com os bandeirantes paulistas, já no século XVI. Esse movimento foi estimulado pela coroa portuguesa para fixar seus limites geográficos em relação aos domínios espanhóis no continente..... Com a exploração do ouro, começam a se formar as primeiras vilas e povoados não indígenas no centro do país...o apogeu da exploração do ouro foi logo após a criação das capitanias, entre 1750 e 1754, quando foram extraídos 35 mil quilos de ouro em Goiás e Mato Grosso, cerca de 7 mil quilos por ano. Juntas, essas capitanias não conseguiam alcançar a produção já enfraquecida de Minas Gerais, de 8.789 quilos por ano, e também começaram a entrar em declínio. As economias da região começam a migrar gradativamente para a pecuária, já expressiva na porção mineira do Cerrado, entre Uberaba e Uberlândia, e para a agricultura, nas poucas regiões férteis do bioma. A abertura para navegação do rio Araguaia, no século XIX, gera novas possibilidades de ligação comercial, unindo Goiás e Mato Grosso ao Norte do país, ampliadas ainda mais a partir da ligação por estrada de ferro entre São Paulo e Campo Grande, em 1911, e Minas e Goiás, em 1913. A população e a economia no Brasil Central, no entanto, ainda cresciam lentamente. “Embora a região dos cerrados tenha sido objeto de variados esforços de ocupação ao longo da história, ela se manteve relativamente vazia, dos pontos de vista econômico e populacional, até meados do século XX”, afirma Diniz.
    Dois grandes fatores foram cruciais para acelerar esse processo, de acordo com o geógrafo. O primeiro, uma idéia antiga, de José Bonifácio, do período do Império, prevista no texto da primeira constituição republicana do país, de 1891: a transferência da capital para o Planalto Central. Concretizada no governo de Juscelino Kubitcsheck, em 1960, Brasília proporcionou a ligação do centro com o restante do país através de rodovias, além de atrair a criação de infra-estrutura em energia e em telecomunicações para a região central. O segundo fator, essencial para o agronegócio, foi o avanço da pesquisa científica e tecnológica, particularmente a partir dos anos 1970, envolvendo universidades e empresas e capitaneado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Esse avanço, aliado à impossibilidade de ampliação das áreas produtoras de grãos no Sul e em São Paulo, onde o preço da terra encareceu, possibilitou a expansão da produção nos cerrados.
    “A topografia da região apresenta boas possibilidades para o emprego de práticas agrícolas mecanizadas, visto que o relevo é em geral plano ou de ondulações suaves”, explica Diniz. “O principal obstáculo à agricultura nos cerrados diz respeito à baixa fertilidade natural, limitada devido à sua acidez (baixo pH) e baixo teor de cálcio. Essas características, no entanto, foram superadas com a correção do solo, superando os problemas de fertilidade mediante adição dos componentes químicos em que os cerrados eram deficientes”, completa.
    Para se ter uma idéia, de acordo com o IBGE, a área de cultivo de soja no Cerrado saltou de 571 mil hectares, em 1975, para 10.092 mil hectares, em 2003, aumentando a representação de 10% para 54% do total do país. Nesse período, a produção do grão passou de 853 mil toneladas para 27.986 mil toneladas nos cerrados. O gado bovino saltou de 33.960 mil cabeças, ou 34% do total, em 1975, para 85.057 mil cabeças ou 43% do total, em 2003. A produção de gado e soja trouxeram na esteira a indústria processadora de matéria-prima de origem animal e vegetal. De 1970 a 2004, a indústria frigorífica bovina do Centro-Oeste saltou de 25% do total de abates no país para 40%, passando de 10,7 milhões de cabeças para 25,8 milhões de cabeças. Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tinham em 2004 mais da metade dos 125 matadouros frigoríficos instalados na região do Cerrado...
    Outros dois produtos que têm se destacado recentemente na região são o algodão e a cana-de-açúcar, que também podem atrair futuramente indústrias têxteis e de processamento de álcool. A partir da queda na produção nacional de algodão, nos anos 1990, ela começa uma recuperação em Mato Grosso, graças a pesquisas da Embrapa para adaptação das sementes, e se espalha pelas porções de Cerrado de Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e Minas Gerais. Em 2003, os cerrados já respondiam por 88% da produção nacional com suas 1.944 mil toneladas de algodão. As pesquisas de adaptação de cultivares também possibilitaram que o plantio de cana se expandisse nas regiões de Cerrado, particularmente na porção paulista, no triângulo mineiro e nos estados do Centro-Oeste. As 183.072 mil toneladas de cana produzidas em áreas desse bioma representavam, em 2003, 43% do total produzido no país...."

    Se você quer ler o artigo na integra e outros mais falando do cerrado entre no link a seguir ...
    http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=42

    Não se esqueça que comciencia é uma revista eletrônica editada pela USP que você pode acompanhar todas a publicações aí ao lado esquerdo ,nos sites de pesquisas

    sábado, 3 de outubro de 2009

    A poluição do Ar


    A velocidade e a intensidade das mudanças no sistema climático da Terra, principalmente nas últimas décadas, desenham um cenário preocupante, e têm sido motivo de pesquisas dos cientistas, de adoção de medidas severas dos órgãos ambientais, e de negociações entre os líderes mundiais, para restringir a emissão de gases poluentes. Devido ao modelo de desenvolvimento
    baseado na queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral, os gases causadores do efeito estufa, principalmente dióxido de carbono, têm sido lançados na atmosfera em quantidades cada vez maiores, afetando o clima do Planeta de forma imprevisível.As consequências para o meio ambiente e para toda a humanidade poderão ser catastróficas, como a diminuição da cobertura vegetal, o descongelamento de geleiras e calotas polares, secas cada vez mais prolongadas, aumento da freqüência e intensidade de eventos climáticos extremos, como enchentes, furacões e tempestades, entre outros.Até meados de 1980, a poluição atmosférica urbana era atribuída basicamente às emissões industriais, e as ações dos órgãos ambientais visavam ao controle das emissões dessas fontes. Com o rápido crescimento da frota veicular, verificou-se a enorme contribuição dessa fonte na degradação da qualidade do ar, principalmente nas regiões metropolitanas do país.Visando a redução gradativa da parcela de contribuição das emissões de poluentes de origem veícular, várias medidas já foram tomadas pelas montadoras (uso de injeção eletrônica e catalisador) e pelas fornecedoras de combustível (retirada do chumbo da gasolina e menor teor de enxofre no diesel).No Estado do Rio de Janeiro a qualidade do ar é tratada desde 1967, quando foram instaladas as primeiras estações de monitoramento. Desde então, várias ações foram desenvolvidas e implementadas: eliminação dos incineradores domésticos, substituição do combustível usado nas padarias e em indústrias, controle, inclusive com a desativação, de várias pedreiras situadas na Região Metropolitana, restrição de passagem de veículos pesados nos túneis da cidade, entre outras. Para controlar a poluição veicular e assegurar que os veículos sejam mantidos regulados, foi criado em 1997, um Programa de Inspeção e Manutenção dos Veículos em uso, para medir os gases poluentes emitidos pelos veículos automotores por ocasião de sua vistoria anual.
    O Estado do Rio de Janeiro apresenta duas áreas críticas em termos de poluição do ar e, portanto, consideradas prioritárias com relação a ações de controle: a Região Metropolitana e a Região do Médio Paraíba. O interior do Estado é caracterizado por problemas específicos e pontuais.

    Região Metropolitana:

    Na Região Metropolitana encontra-se a segunda maior concentração de população, de veículos, de indústrias e de fontes emissoras de poluentes do país, gerando sérios problemas de poluição do ar.
    Os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, paralelos à orla marítima, atuam como barreira física aos ventos predominantes do mar, não permitindo a ventilação adequada das áreas situadas mais para o interior.
    No período de maio a setembro, devido à atuação dos sistemas de alta pressão que dominam a região, ocorrem com freqüência situações de estagnação atmosférica e elevados índices de poluição.
    Além desses fatores, deve ser considerado ainda que a região está sujeita às características do clima tropical, com intensa radiação solar e temperaturas elevadas, favorecendo os processos fotoquímicos e outras reações na atmosfera, com geração de poluentes secundários.

    Região do Médio Paraíba :

    É grande a importância econômica desta região para o desenvolvimento do Estado e do país, principalmente quando se enfoca a atividade industrial concentrada no eixo de Resende, Barra Mansa e Volta Redonda, ao longo da Via Dutra, eixo viário que interliga as duas maiores metrópoles brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo.
    Os problemas ambientais relacionados à poluição do ar se devem, basicamente, ao porte, tipo e localização das atividades industriais implantadas na região. Todo o parque industrial está situado no vale por onde corre o rio Paraíba do Sul, área que está sujeita, principalmente no período de inverno, a condições de grande estabilidade atmosférica, ventilação deficiente, inversões de temperatura e ausência de chuvas, ocasião em que a região sofre com os elevados índices de poluição do ar.

    Região do Norte Fluminense:

    A economia da Região Norte está baseada no setor primário. Na baixada de Campos, a monocultura canavieira emprega a totalidade da mão-de-obra rural local; a zona de influência da cana se estende basicamente pelos municípios de Campos e São João da Barra.
    A agroindústria açucareira é, portanto, a principal atividade industrial da área. Das dez usinas existentes no Estado, oito localizam-se nessa região, sendo que cinco concentram-se no município de Campos, que participa de 72% da produção global. Também nesse município temos a atuação da Petrobrás na bacia petrolífera de Campos. A poluição do ar decorrente da produção do açúcar e do álcool é agravada pela queima dos canaviais na época da colheita da cana, prática que gera altas emissões de partículas e gases, elevando consideravelmente os níveis de poluentes no ar da região.

    quinta-feira, 27 de agosto de 2009

    Consumismo

    Enquanto aguardamos o início das aulas curtam este trabalho dos meninos da turma 2005 . Este vídeo foi produzido dentro do Projeto Consciênciana Arte de Consumir desenvolvido este ano no nosso colégio. Então, liguem o som e curtam...

    Parabéns Patrick, Liniker e Roberto !

    sábado, 22 de agosto de 2009

    Desenvolver sem agredir o meio ambiente.


    Desenvolvimento sustentavél é a forma de desenvolvimento que não agride o meio ambiente de maneira que não prejudica o desenvolvimento vindouro, ou seja, é uma forma de desenvolver sem criar problemas que possam atrapalhar ou impedir o desenvolvimento no futuro.

    O desenvolvimento atual, apesar de trazer melhorias à população, trouxe inúmeros desequilíbrios ambientais como o aquecimento global, o efeito estufa, o degelo das calotas polares, poluição, extinção de espécies da fauna e flora entre tantos outros. A partir de tais problemas pensou-se em maneiras de produzir o desenvolvimento sem que o ambiente seja degradado. Dessa forma, o desenvolvimento sustentável atua por meio de alguns aspectos:
    Atender as necessidades fisiológicas da população;
    Preservar o meio ambiente para as próximas gerações;
    Conscientizar a população para que se trabalhe em conjunto;
    Preservar os recursos naturais;
    Criar um sistema social eficiente que não permite o mau envolvimento dos recursos naturais;
    Criar programas de conhecimento e conscientização da real situação e de formas para melhorar o meio ambiente.
    O desenvolvimento sustentável não deve ser visto como uma revolução, ou seja, uma medida brusca que exige rápida adaptação e sim uma medida evolutiva que progride de forma mais lenta a fim de integrar o progresso ao meio ambiente para que se consiga em parceria desenvolver sem degradar.
    Existem três colunas imprescindíveis para a aplicação do desenvolvimento sustentável: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. Esses devem ser dependentes um do outro para que caminhem lado a lado de forma homogênea.

    quarta-feira, 22 de julho de 2009

    Solitário George pode ser pai



    O "Solitário George", que tem 90 anos e pesa 100 quilos, há 36 anos tenta sem sucesso se tornar pai, o que evitaria a extinção da sua espécie. O drama desperta a atenção da comunidade científica mundial e dos milhões de turistas que o visitam anualmente, em meio a cuidados especiais.
    Com a descoberta dos ovos, "renascem as esperanças de que o emblemático réptil deixe descendência".

    Os cinco ovos, encontrados em um ninho formado por uma das fêmeas que compartilham o espaço com George, foram colocados em incubadoras artificiais a uma temperatura de 29,5 graus Celsius, que favorece o nascimento de fêmeas.É preciso esperar os 120 dias,tempo que dura o processo de incubação para saber se os ovos são férteis.

    É a segunda vez que uma das fêmeas desova. Em 2008, foram achados 16 ovos, que apresentaram sintomas de infertilidade.

    Essas fêmeas não pertencem à mesma espécie de George, mas têm uma carapaça similar. Há 16 anos elas compartilham o espaço com ele como parte de uma experiência para estimular sua reprodução.

    Desde que George foi achado na ilha Pinta, uma das menores do arquipélago, os cientistas já recorreram a vários métodos naturais e artificiais para tentar fazer o gigante procriar. Até mesmo rituais religiosos já foram realizados à espera do "milagre".

    As ilhas Galápagos serviram de base para que o naturalista Charles Darwin formulasse a sua teoria da evolução das espécies, no século 19. Ali vivem entre 15 e 20 mil tartarugas de 11 espécies, ao lado de aves e outros répteis.

    As ilhas se encontram na lista da patrimônios naturais ameaçados,devido a ameaças contra o seu ecossistema.

    domingo, 12 de julho de 2009

    Globalização e Problemas Ambientais

    O salageo publica, nesses tempos de férias, uma seleção de trechos de respostas dadas pelos alunos da turma 2001 na prova que fizeram neste bimesttre . Nesta "avaliação aplicada" mostram o que aprenderam em termos técnicos e evidenciam mudanças de comportamento após debate em questão : " Globalização e Sustentabilidade" . Confira aí !

    O Mundo Globalizado e os Problemas Ambientais

    Nas últimas décadas, no chamado mundo globalizado, a progressiva elevação dos níveis de consumo, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países periféricos, vem exigindo a diversificação e a produção de bens em volume cada vez maior e o Planeta , já há tanto tempo ameaçado vem colocando em evidência os limites de sua Natureza ....
    Escolha das três alternativas a seguir, aquela que você considera produzir maior impacto ambiental. Explique os tipos de impactos causados e apresente possíveis soluções para resolver ou diminuir estes impactos .
    Grande parte da turma escolheu a opção C Sonho de consumo e combustíveis fóseis .

    Veja o que escreveram:
    " com o uso desses combustíveis a qualidade de vida nos grandes centros urbanos diminui e aumentam os casos de problemas respiratórios " Carlos Leonardo
    " O grande número de automóveis polui o ar e provoca o aquecimento global" Rogério Silva
    " Além dos gases produzidos provocar o aumento do buraco na camada de Ozônio diminui a expectativa de vida gerando problemas respiratórios" Cassimiro
    "vai gerar cada vez mais problemas com o aquecimento Global e derretimento das geleiras podendo inundar regiões de muitos países"Fellype Fernando
    Dentro das sugestões propostas para minimizar o problema indicaram: utilização maior de transportes coletivos e carona solidário diminuindo assim o uso de automóveis .Para pequenas distâncias aconselham a incorporação do hábito de caminhar a pé ou de bicicleta. Outra medida seria o desenvolvimento de tecnologias de transportes menos poluentes como os movidos a eletricidade, gás natural , biodíesel ou hidrogênio.
    A segunda opção mais escolhida foi a B “ Que tipo de Lixo você produz?” Vejam o que disseram :
    “ o plástico e o pet são grandes problemas pois demoram mais de 100 anos para se decompor e acaba se acumulando nos rios...”Lohaine
    “ moradores da beira de rios e lagos ou valas de esgoto aberto não armazenam seu lixo adequadamente que jogados nos rios podem causar enchentes ...”Roni
    “ a população aumenta cada vez mais e assim a produção de lixo também aumenta..... as garrafas pets jogadas em rios e canais podem causar enchentes...” Suzane
    As soluções apontadas foram: ‘ Temos que aprender a produzir menos lixo e desenvolver o hábito de reaproveitar/ reciclar o que já foi usado “ Suzane


    “ è preciso separar o lixo como: orgânico , tôxico... não jogar lixo na natureza e usar bolsas de papel ou pano .”Roni “ diminuição do consumo exagerado da população “ Gabrielle

    Apenas um aluno ficou com a primeira opção
    “ O alto consumo de energia prejudica o meio ambiente ....não consumirmos além do que precisamos ...” Fernanda Santos
    Poderia ter dito ainda que as hidrelétricas causam graves impactos ambientais pois grandes áreas são desmatadas e alagadas para dar lugar as barragens , além da alteração nos regimes de cheias e vazantes dos rios, extinção de espécies de peixes e plantas . Tudo isto sem esquecer da necessidade de montar uma infrastrutura de linhas de transmissão para esta energia produzida tão longe chegue ao consumidor .


    Aguardem outras questões interessantes e respostas mais ainda...

    quarta-feira, 17 de junho de 2009

    O Pantanal


    O Pantanal Matogrossense como uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade. Localizado no interior da América do Sul, o pantanal matogrossense é a maior extensão úmida contínua do planeta. Hidrograficamente, todo o Pantanal faz parte da bacia do rio Paraguai constituindo-se em uma imensa planície de áreas alagáveis. Quando do período das cheias justifica a lenda sobre sua origem, que seria um imenso mar interior - o mar de Xaraés. O clima é tipo quente no verão, com temperatura média em torno de 32°C e frio e seco no inverno, com média em torno de 21°C, ocorrendo ocasionalmente, geadas nos meses de julho e agosto. A união de fatores tais como o relevo, o clima e o regime hidrográfico da região favoreceram o desenvolvimento de numerosas espécies animais e vegetais que povoam abundantemente toda sua extensão.A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o mundo fazendo com que o turismo se desenvolva na região.
    O desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o pantanal matogrossense tem levado a discursão do impacto ambiental causado pela ocupação humana nesse escossistema.
    Dentre os principais problemas ambientais destacamos:
    - a pesca predatória;
    - a caça de jacarés;
    - a poluição dos rios da bacia do Paraguai;
    - os garimpos do Estado de Mato Grosso e a poluição das águas pelo mercúrio;
    - a hidrovia Paraguai-Paraná.
    Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais agressões.

    Flora :

    Na região do Pantanal existem vegetações de três regiões distintas: amazônica, cerrado e chaco. Durante a seca, que coincide com o inverno, os campos se tornam amarelados e a temperatura pode chegar a 0°C, influenciada pelos ventos que chegam do sul do continente. A vegetação do Pantanal não é homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo com a altitude. Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas, que são áreas de pastagens naturais para o gado. A vegetação de cerrado, com árvores de porte médio entremeadas de arbustos e plantas rasteiras, aparece nas alturas intermediárias. A poucos metros acima das áreas inundáveis, ficam os capões de mato, com árvores maiores como o angico, ipê e aroeira. Nas altitudes maiores, o clima árido e seco torna a paisagem parecida com a da caatinga, apresentando espécies típicas como o mandacaru, plantas aquáticas, piúvas, palmeiras, orquídeas, figueiras e aroeiras

    Fauna:A quantidade de espécies animais é surpreendente.


    Aves:
    - 650 espécies (no Brasil estão catalogadas 1580) - pica-pau, arara-azul (a arara-azul é uma das aves brasileiras em via de extinção, ameaçada tanto pela caça como pelo desaparecimento do seu habitat. A ave também aparece no Norte e Nordeste. Existem aproximadamente cerca de 4.000 no país e nos últimos 20 anos, mais de 15 mil araras foram retiradas do Brasil. Como é muito barulhenta, a arara-azul parece muito presente e foi difícil para os moradores do Pantanal vê-la como uma ave em extinção. Hoje, os fazendeiros e os peões ajudam a impedir o comércio das aves ), tuiuiú, tucano, periquito, cafezinho, garça-branca (ave migratória que, na época de reprodução se reúne em grandes bandos), jaburu, beija-flor, secós (espécie de garça de coloração castanha), jaçanã, ema, seriema, papagaio, colhelheiro, cardeal, gavião-fumaça, carcará, curicaca, quero-quero, joão-pinto, carão, surucuá, Gavião-Caramujeiro, Tucanaçu.O Tuiuiú é a ave-símbolo do Pantanal,também chamada de jaburu, . Tucanaçu são os maiores tucanos do Brasil. Gavião-Caramujeiro são gaviões de médio porte. Curicaca-Pantaneira é encontrada frequentemente no solo, em áreas alagadas, ao contrário da outra curicaca bem comum no Pantanal, que é típica de locais mais secos. Fazem os ninhos com gravetos. O nome ``curicaca" é onomatopéico, ou seja, dado pelo som que a ave produz ao cantar.
    Borboletas:- 1.100 espécies

    Mamíferos:

    80 espécies - onça-pintada,capivara, lobinho, veado campeiro, veado catingueiro, lobo guará, macaco-prego, cervo do pantanal, bugio,porco do mato, tamanduá, cachorro-do-mato, anta, preguiça, ariranha, suçuarana (conhecida como onça-parda ou puma, habitava todo o continente americano), quati,tatu.




    Peixes:

    1230 espécies
    Mais conhecidas:
    - piranha, pacú, pintado, dourado, cachara, curimbatá, jaú, piau.
    Réptéis:



    -estimados em 5 a 10 milhões
    -sucuri, jacaré,etc..

    sexta-feira, 5 de junho de 2009

    5 de Junho -Dia do Meio Ambiente

    Oi pessoal! Oi todo mundo!
    Continuando, nas segundas séries, o estudo em Geografia da força da publicidade direcionando o consumo e aproveiando a data de hoje, a turma 2001 preparou uma homenagem ao Dia do Meio Ambiente criando campanhas publicitárias . Foi tudo feito rapidinho em uma única aula . A proposta era criar mensagens não consumistas e de incentivo a preservação ambiental utilizando imagens de campanhas de carater consumista . Veja aqui quatro destas mensagens .

    Entre no blog do Projeto Consciência na Arte de consumir, linkado aí ao lado e aprecie mais algumas....

    terça-feira, 2 de junho de 2009

    Projetos Ambientais da Vale


    A Vale tem como compromisso investir na conservação do meio ambiente. Por isso, até 2010, irá plantar 346 milhões de árvores nos países onde atua, num total de 300 mil hectares - uma área equivalente a duas vezes a cidade de São Paulo e duas vezes e meia a do Rio de Janeiro. Atualmente a Vale protege cerca de três bilhões árvores, o que corresponde a quase metade da população do planeta, de seis bilhões de pessoas.
    Os projetos socioambientais realizados pela Vale se refletem no desenvolvimento das comunidades em que a empresa está inserida.

    Instituto Ambiental Vale do Rio Doce
    • O Instituto Ambiental Vale (IAV) foi criado em novembro de 2000. Com isso, a Vale assumiu papel estratégico na Política Nacional da Biodiversidade e sua interface com o Código Mineral.
    • Responsável pela administração de todos os parques botânicos e áreas de conservação mantidos pela Vale, o IAV está a serviço das unidades da empresa, suas controladas e coligadas, e também da sociedade em geral. Desenvolve projetos de reabilitação, paisagismo urbano, recuperação de nascentes e matas ciliares de rios e planos de manejo de unidades de conservação, dentre outros.
    • O IAV desenvolve projetos ambientais em diferentes regiões do Brasil. Está presente no Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro.• Com estrutura organizacional independente e apropriada para cumprir seu papel, o Instituto tem como principais atribuições:- Desenvolver atividades relativas à preservação, conservação, recuperação e ao tratamento sustentável de ecossistemas, com foco nas áreas de interesse da Vale;- Desenvolver e disseminar conhecimento técnico-científico relativo à conservação e a práticas sustentáveis dos ecossistemas brasileiros, inclusive a caracterização da flora e da fauna e o estabelecimento de Reservas Genéticas In situ e Ex situ;- Obter e gerenciar recursos de terceiros, captados por meio de empréstimos financeiros ou doações;- Colaborar com instituições, fundações e entidades que tenham objetivos semelhantes ou compatíveis aos do Instituto.
    Reabilitação de áreas
    • A Vale investe em projetos de reabilitação de áreas mineradas. A intenção é que, ao fim da fase de produção, os terrenos possam ser destinados a outras atividades econômicas ou à preservação ambiental.
    • Em 2006, o Instituto Ambiental Vale implementou o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, que reserva uma parte da receita obtida durante o período de lavra para assegurar os fundos necessários à aplicação de modernas técnicas de reabilitação de áreas mineradas. O programa foi implantado em cerca de 400 hectares, totalizando 1.960 hectares restabelecidos com espécies nativas da Mata Atlântica, do Cerrado e da Amazônia.
    • Há uma pesquisa para a seleção de espécies adequadas à recuperação de áreas mineradas. Pesquisadores do (IAV) coletaram 173 espécies no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, totalizando 177 quilos de sementes.
    • Em 2003, a empresa criou um guia de fechamento de minas pioneiro no Brasil, com procedimentos que orientam os profissionais das áreas de planejamento e operação sobre as melhores práticas para desativação e reabilitação de uma mina e seu entorno.
    Reserva Natural Vale

    • Alinhada à política de recuperação de áreas degradadas, a Vale realiza pesquisas e investe em tecnologia ambiental na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), onde há intensivo programa de produção de mudas destinadas à restauração ecossistêmica e à formação de florestas de uso múltiplo.
    • Em 2006, a colheita bruta de sementes foi de aproximadamente 12 toneladas, que resultaram em cerca de quatro milhões de mudas de 422 espécies da Mata Atlântica.
    • Desde a criação da reserva, foram identificadas 60 novas espécies botânicas em seus 22 mil hectares, uma das últimas áreas protegidas de Mata Atlântica de Tabuleiro no Brasil.
    • O território da Reserva de Linhares é contíguo ao da Reserva Biológica de Sooterama, administrada pelo Ibama, que delegou a proteção à Vale há cinco anos. Juntas, representam 48 mil hectares ou 75% da floresta natural do Espírito Santo.
    Floresta Nacional de Carajás

    • Localizada no sul do Pará, é protegida pela Vale em parceria com o Ibama. Trata-se de um bloco de floresta tropical primária que totaliza 1,3 milhão de hectares em cinco unidades federais de conservação próximas à terra indígena do Catete e da Comunidade Indígena Xikrin.
    • Na Floresta Nacional de Carajás, as atividades da Vale interferem em menos de 3% da área total de 411 hectares. Esse é um bom exemplo de conjugação entre as atividades de mineração e a imprescindível proteção ambiental.
    • A atuação da Vale em Carajás permitiu a preservação da maior ilha de floresta tropical primária no sudeste do Pará.

    Parque Botânico de Tubarão

    • Instalado dentro do Complexo Industrial e Portuário de Tubarão, no Espírito Santo, o Parque Botânico de Tubarão possui aproximadamente 620 hectares, onde foram plantadas cerca de seis milhões de árvores tropicais.
    • Além de terem função de restauração ecossistêmica, as árvores exercem a contenção da ação do vento sobre as pilhas de minério de ferro e pelotas, reduzindo a emissão de particulados.

    quinta-feira, 21 de maio de 2009

    Crescimento de gigogas na lagoa das Taxas




    A Lagoinha das Taxas, parte integrante do parque municipal Chico Mendes, no Recreio dos Bandeirantes, está com proliferação descontrolada de gigogas. O problema acontece já que o local é utilizado como vaso sanitário da região, onde tanto o valão das Taxas, como o sistema de águas pluviais, despejam esgoto sem tratamento em suas águas.

    Infelizmente, a gestora da unidade de conservação, a secretaria municipal de meio ambiente, não tem tomado qualquer iniciativa para o controle da situação e a lagoa está se transformando num pasto de gigogas.

    O lançamento de milhares de metros cúbicos de esgoto sem tratamento na Lagoa de Jacarepaguá produz as condições ideais para a proliferação descontroladas de cianobactérias potencialmente hepatotóxicas, que escorrem para a praia da Barra da Tijuca.