José de Sousa Saramago nasceu no dia 16 de novembro de 1922, na aldeia portuguesa de Azinhaga, província de Ribatejo. Filho de camponeses , cético e pessimista contumaz, levantou sua voz por inúmeras vezes contra as injustiças, a Igreja e os grandes poderes econômicos, que ele via como grandes doenças de seu tempo.
"Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário", disse o escritor em dezembro de 2008, durante apresentação em Madri de "As Pequenas Memórias", obra em que recorda sua infância entre os cinco e 14 anos.
Em 2008, a obra "Ensaio sobre a Cegueira" (1995) foi transformada em filme pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles. O longa teve Julianne Moore e Mark Ruffalo como protagonistas.
Trechos selecionados de vários livros“Por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o mais horrendo e cruel.”
“Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia"“Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.”
“Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar.”
“É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido.”
José saramago morre hoje aos 87 anos e o salageo está sem palavras ......
“… A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: ‘Não há mais que ver’, sabia que não era assim. O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.” Viagem a Portugal José Saramago