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domingo, 23 de maio de 2010

O relevo da cidade do Rio de janeiro/ Geologia poética do Rio de Janeiro parte I

O salageo reedita este maravilhoso texto do geólogo Ivo Medina hoje, um dos mais conceituados estudioso na área de geologia ambiental na cidade e do país . Escrito no início dos anos 90 quando as chuvas de verão castigavam a cidade e era preciso alertar à população para os problemas de ocupação irregular das encostas , os impactos ambientais consequentes e da necessidade de ação imediata de todos . Nesta primeira parte ele descreve de forma técnica e poética todas as fisionomias do relevo carioca. Apreciem a beleza do texto....

Geologia Poética do Rio
“Passaram-se alguns bilhões de anos para sermos o que somos. Antes do homem, este recém- nascido, muita pedra rolou na superfície da terra. A paisagem carioca, com suas escarpas nuas e roliças, rochedos em forma de caninos apontados para o céu, ilhas e baía de Guanabara, é o resultado de longo e caprichoso trabalho de deformação, corte, torneamento, polimento, remoção, acumulação e outros processos. Um grandioso trabalho escultural. Alem das forças modeladoras invisíveis, as ferramentas da natureza são o vento a chuva, o calor, rios e os mares. O regime de chuvas torrenciais continua sendo um dos mais importantes fatores determinantes do nosso relevo, pelo seu poder erosivo. A água no percurso para o mar, carregando pedaços de terra, areia e lama, é o agente de destaque no desenho e escultura da terra carioca.
É claro que água mole em pedra dura funciona, mas acontecimentos anteriores que dobraram e cortaram as rochas do Rio facilitaram e fizeram um verdadeiro caminho paras águas que, fluindo, buscam e formam os vales. Os rios mais volumosos constroem leques de terra na base dos morros, dando origem aos primeiros terrenos de planície ou baixadas.
Como qualquer narrativa as vezes pede um flash back, é bom lembrar que o conjunto das montanhas cariocas foi desgarrado da serra do Mar pelo entalho da baixada do Guandu. Isso quer dizer que nossas serras pertenciam a um maciço principal ou cadeia de montanhas ligadas ao extenso planalto brasileiro que, tombando para o oceano como um basculante, permitiu que o mar invadisse os antigos vales fluviais formando baías, enseadas e mais tarde as lagoas típicas da costa do Rio. Foi assim que as encostas escarpadas e as montanhas sinuosas limitaram-se com o mar.
Se a gente reparar bem dá para perceber que as ilhas que ficam em frente a praia de Ipanema, como as Cagarras e a Ilhas Rasa (do farol)são parecidas com o topo das montanhas. Parecem montanhas afogadas. E são. O movimento do mar produz correntes, que vão lançando pontas de areia a partir de terra firme ou de ilhas próximas à costa. O avanço destes cordões as vezes liga as ilhotas entre si, ou mesmo a pontos diferentes do litoral. Um exemplo deste fenômeno é a antiga ilha formada pelo grupo dos morros da Urca e Pão de Açúcar, que se ligaram ao morro da Babilônia, no continente.
O Pão de Açúcar foi arredondado pelo vento, chuvas, calor, do sol e ondas de frio. Na verdade, foram varias as causas que esculpiram o monumento natural mais famoso do mundo. O corcovado e os vales profundos que vemos ao lado das estradas do Redentor e Paineiras, são resultado de grandes falhas geológicas, isto é de fraturas seguidas de deslocamentos de enormes massas de rochas.
A lagoa Rodrigo de Freitas, por sua vez, era uma enseada e foi virando um velho pedaço de mar enclausurado quando os cordões de areia foram se formando entre a pedra do Arpoador e o Leblon. Surgiu uma restinga com pequenas dunas onde foi construído o bairro de Ipanema. As águas da Lagoa foram aos poucos se misturando com a água doce vinda do continente. Hoje, a água é salobra e ruim: a palavra Ipanema significa água ruim em tupi-guarani.
Este é um espetáculo que só mesmo a terra pode contar. O que para o homem é símbolo de solidez, para ela é a simples expressão de sua fragilidade, do provisório.”...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Globalização Quem ganha ? Quem perde ?

Globalização. Quem ganha? Quem perde? Entre você também neste debate . Globalização é o atual momento em que vivemos onde todo mundo (nações e pessoas ) parecem estar interligados . Produtos e serviços são trocados entre pessoas e países cada vez mais distantes. Idéias e pessoas circulam em fluxos contínuos, facilitados pelo grande desenvolvimento dos meios de comunicação e transportes. As distâncias parecem menores. É como se toda a humanidade vivesse num pequeno lugar.O que acontece em diferentes partes do mundo tem enorme influencia em outros lugares , muitas vezes, extremamente distantes. O mundo é interdependente . Podemos dizer portanto, que vivemos hoje, num mundo globalizado !
E isto é bom ou é ruim ? Vejamos algumas implicações :
As empresas chamadas de transnacionais como a Nike, a Nestlé e a Fiat e que possuem sede em geral em países desenvolvidos instalam filiais em paises em desenvolvimento ou emergentes . São atraídas pelos baixos salários e impostos que irão pagar ou pelo custo barato do terreno onde vão se instalar .Países como Brasil, China, Índia ou México apresentam um atrativo a mais : uma grande população , isto é , uma grande quantidade de novos consumidores . Com isto há uma transferência da concentração industrial e dos empregos neste setor dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento. No entanto é para o país de origem da transnacional que vai a maior parte dos lucros obtidos nas filiais . As decisões administrativas, as pesquisas desenvolvidas e o controle das ações da empresa também ficam limitadas ao país de origem.
Outra questão que se destaca é a globalização da criminalidade. As facilidades tecnológicas de comunicação e transportes faz expandir ações criminosas como tráfico de drogas , a prostituição ou a ação terrorista. A produção das drogas em geral se faz em países subdesenvolvidos, mas o maior consumo está nos países mais desenvolvidos, formando assim um fluxo de transporte e comercio ilegal que traz conseqüências desastrosas para ambos os lados e movimenta bilhões de dólares no mercado ” negro “.
Uma outra questão ainda é a intensa circulação de idéias e pessoas por todo mundo, disseminando hábitos e estilos de vida que em geral representam uma cultura dos chamados países hegemônicos. Para muitos estudiosos o mundo estaria caminhando para uma mundialização cultural , isto é , a população mundial estaria cada vez mais semelhante em usos e costumes como por exemplo quando consomem os mesmos refrigerantes, usam jeans ou comem em fast foods. Ao mesmo tempo que isto acontece, observa-se que em muitos lugares as populações ao contrário, se apegam a tradições e valores culturais ou religiosos como forma de resistência podendo levar a sérios conflitos entre nações como as ondas de terrorismo que temos vivenciado. Há também situações menos radicais em que os valores trazidos com a globalização ao serem aceitos pelas pessoas dos países onde chegam, são transformados e incorporados às formas tradicionais já existentes e consagradas de modo que acabam deixando de ser “coisa de fora”.
Por estas questões acima indicadas e por tantas outras não mencionadas é que a discussão quanto as conseqüências da globalização se torna tão calorosa. Pessoas e entidades se posicionam a favor ou contra independente de serem representantes de paises ricos ou pobres. E você , o que acha ? Reúna argumentos que defendam suas idéias .

Brasilia 50 anos, Parabéns !

O Salageo faz uma homenagem a essa cidade que hoje completa mais um ano de existência. Não é uma cidade qualquer ou uma data qualquer .. Há exatos 50 anos, no dia 21 de Abril de 1960 , a cidade de Brasília era inaugurada com todas as honras e publicidade que convém a uma capital num período de modernidade e grande prosperidade econômica. Não é por acaso que este período ficou conhecido como "Anos Dourados" . Era a era da industrialização brasileira , do crescimento das grandes metrópoles , um Brasil de puljante economia urbana que sepultava assim para sempre a imagem de um país atrasado e rural de quase 500 anos de domínio dos senhores das terras . Brasília , um sonho antigo dos republicanos, chegou com a missão de levar o crescimento e povoamento para o interior do país . Era preciso também garantir segurança à nova capital . Que Ela estivesse bem longe dos olhos e da cobiça de forasteiros indesejáveis , bem guardada no centro do nosso gigante território . Coube a um mineiro e na época presidente , o JK ( Juscelino Kubitschek ) , concretizar o sonho republicado de fazer surgir no meio do nada , lá em meio ao descampado do Cerrado do planalto Central esta bela cidade , obra prima da arquitetura mundial assinada por dois grandes mestres brasileiros : o urbanista Lúcio Costa já falecido e do renomado arquiteto, ainda vivo aos 102 anos de idade, Oscar Niemeyer .

Fiquem a seguir , com um pouco da história urbana de Brasília ...
" No dia 7 de Setembro de 1922 é lançada a pedra fundamental de Brasília, próxima a Planaltina. Por inspiração e iniciativa do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 1956, foi criada a NOVACAP - Companhia Urbanizadora na Nova Capital, empresa pública à qual foi confiada a responsabilidade e competência para planejar e executar a construção da nova capital, na região do cerrado goiano. Tudo surge a partir do sinal da cruz traçado por Lúcio Costa, o encarregado do urbanismo da cidade. Articulado com a equipe de Lúcio Costa, um grupo de arquitetos encabeçado por Oscar Niemeyer projetou, em curto espaço de tempo, todos os prédios públicos e grande parte dos residenciais da nova cidade.
No dia 21 de Abril de 1960, a estrutura básica da cidade está edificada, muitos prédios ainda são apenas esqueletos, mas os candangos (nome dado aos primeiros habitantes da nova cidade), liderados por seu presidente, festejam ruidosamente a inauguração da cidade, fazendo o coração do Brasil pulsar forte para dar vida à nova civilização sonhada por Dom Bosco. Nasce Brasília - a Capital da Esperança."


Acima e a esquerda : planta/projeto também conhecido como Plano Piloto para construção de Brasilia

Acima e a direita :foto de satélite destacando todo traçado urbano da cidade , o plano piloto e o Lago Paranoá

Abaixo : construindo Brasilia









Atenção !!! Se você é aluno da professora Cristina e deseja ganhar até um ponto extra ainda neste primeiro bimestre .....

Deixe aí nos comentários uma informação interessante sobre a cidade de Brasilia ou sua construção. Organize um texto próprio de até 15 linhas ( não vale recortar e colar) , indique nome completo , número e turma . Postagens válidas até dia 30/4. Posteriormente háverá uma enquete( aqui mesmo no salageo) para escolher a melhor postagem e este aluno/a ganhará mais um ponto extra.
Fiquem agora com algumas imagens desta jovem senhora .....


quinta-feira, 25 de março de 2010

Ilhas Oceânicas brasileiras

Que o Brasil é conhecido lá fora pela beleza de seu litoral pontilhado de prais e ilhas tropicais isto não se discute . Mas não são destas ilhas quese deseja falar agora aqui no salageo e sim das Ilhas oceânicas brasileiras . Este era o tema da pesquisa proposta no TICO 1 da terceira série. Distantes mais de 900 km da costa brasileira encontramos os arquipélagos de Fernando de Noronha, os Penedos de São Pedro e São Paulo, a Ilha de Trindade e Martins Vaz e o Atol das Rocas . O salageo começa hoje, e durante toda esta semana vai postar sobre esses paraísos apontadoscomo ” pontos perdidos no oceano” masque pertencem ao território brasileiro .
Comecemos pelo menos conhecido....
A ilha de Trindade (9,2 milhões de m²) junto com Martins Vaz ( duas ilhas, somando 2,5 milhões de m²) formam um arquipélago de origem vulcânica localizado, a 1167 km do litoral do Espírito Santo e distante apenas 2400 km da África.
É lá queo Brasil começa e onde o sol nasce primeiro pois, constitui a porção mais oriental , isto é o pedaço do Brasil mais distante do nosso litoral.
Supervisionada atualmente pela Marinha Brasileira, lá a natureza é virgem, tartarugas marinhas são preservadas, espécies endêmicas de plantas ainda sobrevivem e pouquíssimas pessoas podem chegar.O arquipélago pertence a uma cadeia de montanhas submarinas do Atlântico e mesmo tão pequeno possue atrações naturais diversificadas: são 12 praias, a maioria formadas por solo de pedra e corais, e cada enseada possui uma característica diferente, comoum pico, uma vegetação rasteira, uma piscina natural, solo de terra vermelha, túnel e costões íngremes.O clima é oceânico tropical com temperatura média anual de 25º C .As temperaturas são estáveis, mas o tempo muda constantemente em poucos minutos. O sol escaldante, diversas vezes, é ocultado por chuvas torrenciais, conhecidascomo “pirajás”, traduzidascomo “ passam rápido”. Nestas ocasiões é possível observar a formação de arco-íris de forte coloração.Quando o tempo está limpo da ilha de Trindade, é possível ver a ilha vizinha de Martim Vaz( foto ao anoitecer com helicoptero da marinha ), formada por um rochedo íngreme a 49 quilômetros Lá a vegetação é rasteira no topo e não há presença humana, apenas caranguejos e pássaros migratórias.Trindade também serve para alimentar lendas na memória de marinheiros sobre tesouros escondidos no local. A ilha já pertenceu à Inglaterra e foi presídio político, mas hoje é um local de preservação administrado pela Marinha.Devido ao tipo de formação geológica e ao isolamento geográfico, o complexo insular possui poucas espécies vegetais, destacando-se a samambaia-gigante, queocorre nas encostas escarpadas, e herbáceas, presentes nos terrenos arenosos. Existem ainda plantas exóticas, castanheiras, bananeiras e coqueiros, introduzidas pelas expedições e pelos integrantes da Marinha do Brasil, quetem base na ilha.A fauna é constituída por crustáceos, peixes e animais marinhos. Em época de desova, as praias da Trindade recebem grandes tartarugas marinhas queali vão enterrar seus ovos. São da espécie Chelonia mydas, ou tartaruga verde. Caranguejos terrestres também freqüentam as praias, descendo das encostas da ilha para encontrar nos ovos e filhotes da Chelonia mydas parte do alimentoque necessitam.


segunda-feira, 1 de março de 2010

Amazônia Azul

Um espaço tão grande e tão rico em recursos naturais quanto a Amazônia, só que em lugar do verde da floresta o que se destaca é o azul do mar . Esta é a razão do apelido dado a cerca de 3,5 milhões de km2 de oceano e plataforma subjacente a qual o Brasil tem direito oficialmente , conforme estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar ( CNUDM) desde 2005.

A Amazônia Azul é formada pela soma do Mar territorial, da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental.

No Mar Territorial ( MT) que corresponde as 12 milhas iniciais a contar da linha da costa e no espaço aéreo a ele sobrejacente, o estado costeiro tem soberania plena. Já na ZEE ( +188milhas perfazendo um total de 200 milhas nauticas), isso não acontece. O estado costeiro não pode, por exemplo, negar o chamado "direito de passagem inocente" a navios de outras bandeiras, inclusive navios de guerra.

A exploração dos recursos vivos e não vivos do subsolo, do solo e das águas na ZEE são direito do estado costeiro brasileiro mas , a seu critério, poderá autorizar a outros países que o façam. No que diz respeito aos recursos vivos, a Convenção prevê que, caso o estado costeiro brasileiro não tenha capacidade de exercer aquelas atividades, é obrigado a permitir que outros estados o façam.
O Brasil é hoje o único país do mundo a ter direito a um mar de 200 milhas

O Brasil está pleiteando ainda , junto à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da CNUDM, ampliar o direito de exploração de sua Plataforma Continental, até o limite de 350 milhas nauticas .
Observe o mapa acima . O azul mais claro corresponde a MT mais a ZEE e o azul mais escuro é a área de plataforma pleiteada pelo Brasil





Mas porque brigamos( na justiça junto a CNUDM) há tantos anos por esses direitos?
Para começar ,95% do comércio exterior brasileiro é realizado por via marítima. O petróleo e o gásnatural ( offshore) são outras grandes riquezas contribuindo com mais de 80% da produção nacional. Os grandes depósitos de gás descobertos na bacia de Santos e o anúncio recente de grandes reservas de petroleo na área de pré-sal viabilizam a consolidação do produto no mercado brasileiro do “combustível do século XXI”. A atividade pesqueira é outra potencialidade pois representa valiosa fonte de alimento e de geração de empregos . O desenvolvimento da ciência e a evolução tecnológica vêm possibilitando desvendar os mistérios dos oceanos, descobrir a diversidade biológica, o potencial biotecnológico e energético e os recursos minerais no fundo dos mares. A Marinha e o Estado brasileiro hoje desenvolvem vários projetos científicos como Programa de Avaliação do Potencial Sustentável dos Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva e o (Proarquipelago)Programa Arquipélago de São Pedro e São Paulo

domingo, 1 de novembro de 2009

Do ouro a soja / Riquesas do Cerrado



Alô turma da terceira série o salageo publica trechos selecionados do artigo de Rodrigo Cunha que saiu na revista eletrônica comciencia falando sobre o Cerrado , as atividades econômicas através dos tempos e os impactos ambientais decorrentes .

...." A migração para o interior do país, hoje mais intensa, começou a dar os seus primeiros passos com os bandeirantes paulistas, já no século XVI. Esse movimento foi estimulado pela coroa portuguesa para fixar seus limites geográficos em relação aos domínios espanhóis no continente..... Com a exploração do ouro, começam a se formar as primeiras vilas e povoados não indígenas no centro do país...o apogeu da exploração do ouro foi logo após a criação das capitanias, entre 1750 e 1754, quando foram extraídos 35 mil quilos de ouro em Goiás e Mato Grosso, cerca de 7 mil quilos por ano. Juntas, essas capitanias não conseguiam alcançar a produção já enfraquecida de Minas Gerais, de 8.789 quilos por ano, e também começaram a entrar em declínio. As economias da região começam a migrar gradativamente para a pecuária, já expressiva na porção mineira do Cerrado, entre Uberaba e Uberlândia, e para a agricultura, nas poucas regiões férteis do bioma. A abertura para navegação do rio Araguaia, no século XIX, gera novas possibilidades de ligação comercial, unindo Goiás e Mato Grosso ao Norte do país, ampliadas ainda mais a partir da ligação por estrada de ferro entre São Paulo e Campo Grande, em 1911, e Minas e Goiás, em 1913. A população e a economia no Brasil Central, no entanto, ainda cresciam lentamente. “Embora a região dos cerrados tenha sido objeto de variados esforços de ocupação ao longo da história, ela se manteve relativamente vazia, dos pontos de vista econômico e populacional, até meados do século XX”, afirma Diniz.
Dois grandes fatores foram cruciais para acelerar esse processo, de acordo com o geógrafo. O primeiro, uma idéia antiga, de José Bonifácio, do período do Império, prevista no texto da primeira constituição republicana do país, de 1891: a transferência da capital para o Planalto Central. Concretizada no governo de Juscelino Kubitcsheck, em 1960, Brasília proporcionou a ligação do centro com o restante do país através de rodovias, além de atrair a criação de infra-estrutura em energia e em telecomunicações para a região central. O segundo fator, essencial para o agronegócio, foi o avanço da pesquisa científica e tecnológica, particularmente a partir dos anos 1970, envolvendo universidades e empresas e capitaneado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Esse avanço, aliado à impossibilidade de ampliação das áreas produtoras de grãos no Sul e em São Paulo, onde o preço da terra encareceu, possibilitou a expansão da produção nos cerrados.
“A topografia da região apresenta boas possibilidades para o emprego de práticas agrícolas mecanizadas, visto que o relevo é em geral plano ou de ondulações suaves”, explica Diniz. “O principal obstáculo à agricultura nos cerrados diz respeito à baixa fertilidade natural, limitada devido à sua acidez (baixo pH) e baixo teor de cálcio. Essas características, no entanto, foram superadas com a correção do solo, superando os problemas de fertilidade mediante adição dos componentes químicos em que os cerrados eram deficientes”, completa.
Para se ter uma idéia, de acordo com o IBGE, a área de cultivo de soja no Cerrado saltou de 571 mil hectares, em 1975, para 10.092 mil hectares, em 2003, aumentando a representação de 10% para 54% do total do país. Nesse período, a produção do grão passou de 853 mil toneladas para 27.986 mil toneladas nos cerrados. O gado bovino saltou de 33.960 mil cabeças, ou 34% do total, em 1975, para 85.057 mil cabeças ou 43% do total, em 2003. A produção de gado e soja trouxeram na esteira a indústria processadora de matéria-prima de origem animal e vegetal. De 1970 a 2004, a indústria frigorífica bovina do Centro-Oeste saltou de 25% do total de abates no país para 40%, passando de 10,7 milhões de cabeças para 25,8 milhões de cabeças. Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tinham em 2004 mais da metade dos 125 matadouros frigoríficos instalados na região do Cerrado...
Outros dois produtos que têm se destacado recentemente na região são o algodão e a cana-de-açúcar, que também podem atrair futuramente indústrias têxteis e de processamento de álcool. A partir da queda na produção nacional de algodão, nos anos 1990, ela começa uma recuperação em Mato Grosso, graças a pesquisas da Embrapa para adaptação das sementes, e se espalha pelas porções de Cerrado de Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e Minas Gerais. Em 2003, os cerrados já respondiam por 88% da produção nacional com suas 1.944 mil toneladas de algodão. As pesquisas de adaptação de cultivares também possibilitaram que o plantio de cana se expandisse nas regiões de Cerrado, particularmente na porção paulista, no triângulo mineiro e nos estados do Centro-Oeste. As 183.072 mil toneladas de cana produzidas em áreas desse bioma representavam, em 2003, 43% do total produzido no país...."

Se você quer ler o artigo na integra e outros mais falando do cerrado entre no link a seguir ...
http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=42

Não se esqueça que comciencia é uma revista eletrônica editada pela USP que você pode acompanhar todas a publicações aí ao lado esquerdo ,nos sites de pesquisas

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

População brasileira ultrapassa os 191 milhões, diz IBGE

Da série ....
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (14), a estimativa da população brasileira para estados e municípios. A data de referência do levantamento é, segundo o instituto, 1º de julho de 2009. Em todo o país, a população estimada é de 191.480.630 pessoas.
Ainda de acordo com o IBGE, São Paulo é a unidade da federação mais populosa, com 41,4 milhões de habitantes, seguida por Minas Gerais (20 milhões) e Rio de Janeiro (16 milhões). Nessas três unidades da federação da Região Sudeste se concentram cerca de 40,4% da população brasileira.
Entre os municípios, São Paulo é a cidade mais populosa, com 11 milhões de habitantes, seguida pelo Rio de Janeiro (6,2 milhões) e Salvador (3 milhões). Se desconsideradas as capitais, os municípios brasileiros mais populosos são Guarulhos (1,3 milhão), Campinas (1,1 milhão) e São Gonçalo (992 mil habitantes), que estão nas três primeiras posições desde 2000.
O levantamento do IBGE aponta ainda que a cidade de Borá, em São Paulo, tem a menor população do país, estimada em 837 habitantes.
De acordo com o instituto, para a estimativa são consideradas as taxas da natalidade, mortalidade e migração. Os dados do IBGE consideram os 26 estados do país e o Distrito Federal. São estimadas as populações de 5.565 municípios brasileiros.
Entre no link e você encontrará um mapa do Brasil , clicando em cada estado você encontrará o número da população atualmente .
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1266903-5598,00.html


fonte: Globo.com G1 notícias

sábado, 26 de setembro de 2009

Hidrovias no Brasil

Hoje, a navegação fluvial no Brasil está numa posição inferior em relação aos outros sistemas de transportes. É o sistema de menor participação no transporte de mercadoria no Brasil. Isto ocorre devido a vários fatores. Muitos rios do Brasil são de planalto, por exemplo, apresentando-se encachoeirados, portanto, dificultam a navegação. É o caso dos rios Tietê, Paraná, Grande, São Francisco e outros. Outro motivo são os rios de planície facilmente navegáveis (Amazonas e Paraguai), os quais encontram-se afastados dos grandes centros econômicos do Brasil.

Nos últimos anos têm sido realizadas várias obras, com o intuito de tornar os rios brasileiros navegáveis. Eclusas são construídas para superar as diferenças de nível das águas nas barragens das usinas hidrelétricas. É o caso da eclusa de Barra Bonita no rio Tietê e da eclusa de Jupiá no rio Paraná, já prontas.

Existe também um projeto de ligação da Bacia Amazônica à Bacia do Paraná. É a hidrovia de Contorno, que permitirá a ligação da região Norte do Brasil às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, caso implantado. O seu significado econômico e social é de grande importância, pois permitirá um transporte de baixo custo.

O Porto de Manaus, situado à margem esquerda do rio Negro, é o porto fluvial de maior movimento do Brasil e com melhor infra-estrutura. Outro porto fluvial relevante é o de Corumbá, no rio Paraguai, por onde é escoado o minério de manganês extraído de uma área próxima da cidade de Corumbá.

Transporte Hidroviário

O Brasil tem mais de 4 mil quilômetros de costa atlântica navegável e milhares de quilômetros de rios. Apesar de boa parte dos rios navegáveis estarem na Amazônia, o transporte nessa região não tem grande importância econômica, por não haver nessa parte do País mercados produtores e consumidores de peso.

Os trechos hidroviários mais importantes, do ponto de vista econômico, encontram-se no Sudeste e no Sul do País. O pleno aproveitamento de outras vias navegáveis dependem da construção de eclusas, pequenas obras de dragagem e, principalmente, de portos que possibilitem a integração intermodal. Entre as principais hidrovias brasileiras, destacam-se duas: Hidrovia Tietê-Paraná e a Hidrovia Taguari -Guaíba.


Principais hidroviasHidrovia Araguaia-Tocantins

A Bacia do Tocantins é a maior bacia localizada inteiramente no Brasil. Durante as cheias, seu principal rio, o Tocantins, é navegável numa extensão de 1.900 km, entre as cidades de Belém, no Pará, e Peixes, em Goiás, e seu potencial hidrelétrico é parcialmente aproveitado na Usina de Tucuruí, no Pará. O Araguaia cruza o Estado de Tocantins de norte a sul e é navegável num trecho de 1.100 km. A construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins visa criar um corredor de transporte intermodal na região Norte.

Hidrovia São Francisco

Entre a Serra da Canastra, onde nasce, em Minas Gerais, e sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, o "Velho Chico", como é conhecido o maior rio situado inteiramente em território brasileiro, é o grande fornecedor de água da região semi-árida do Nordeste. Seu principal trecho navegável situa-se entre as cidades de Pirapora, em Minas Gerais, e Juazeiro, na Bahia, num trecho de 1.300 quilômetros. Nele estão instaladas as usinas hidrelétricas de Paulo Afonso e Sobradinho, na Bahia; Moxotó, em Alagoas; e Três Marias, em Minas Gerais. Os principais projetos em execução ao longo do rio visam melhorar a navegabilidade e permitir a navegação noturna.

Hidrovia da Madeira

O rio Madeira é um dos principais afluentes da margem direita do Amazonas. A hidrovia, com as novas obras realizadas para permitir a navegação noturna, está em operação desde abril de 1997. As obras ainda em andamento visam baratear o escoamento de grãos no Norte e no Centro-oeste.

Hidrovia Tietê-Paraná

Esta via possui enorme importância econômica por permitir o transporte de grãos e outras mercadorias de três estados: Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Ela possui 1.250 quilômetros navegáveis, sendo 450 no rio Tietê, em São Paulo, e 800 no rio Paraná, na divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul e na fronteira do Paraná com o Paraguai e a Argentina. Para operacionalizar esses 1.250 quilômetros, há necessidade de conclusão de eclusa na represa de Jupiá para que os dois trechos se conectem.

Taguari-Guaíba

Com 686 quilômetros de extensão, no Rio Grande do Sul, esta é a principal hidrovia brasileira em termos de carga transportada. É operada por uma frota de 72 embarcações, que podem movimentar um total de 130 mil toneladas. Os principais produtos transportados na hidrovia são grãos e óleos. Uma de suas importantes características é ser bem servida de terminais intermodais, o que facilita o transbordo das cargas. No que diz respeito ao tráfego, outras hidrovias possuem mais importância local, principalmente no transporte de passageiros e no abastecimento de localidades ribeirinhas.

fonte:Ambientebrasil.com.br

Hidrovia Tietê- Paraná



A Hidrovia Paraná-Tietê é uma via de navegação situada entre as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, que permite a navegação e conseqüentemente o transporte de cargas e de passageiros ao longo dos rios Paraná e Tietê. Um sistema de eclusas viabiliza a passagem pelos desníveis das muitas represas existentes nos dois rios. uma via muito importante para o escoamento da produção agrícola dessas regiões. Possui 12 terminais portuários, distribuídos em uma área de 76 milhões de hectares. A entrada em operação desta hidrovia impulsionou a implantação de 23 pólos industriais, 17 pólos turísticos e 12 pólos de distribuição. Gerou aproximadamente 4 mil empregos diretos.
Segundo o projeto, a hidrovia permite a navegabilidade em cerca de1600 km ao longo dos rios Tietê , Grande, Paranaíba e Paraná.

Ao longo do percurso foram construídas 6 barragens facilitando a locomoção de embarcações através das eclusas, que também geram 25 milhões de Kw de energia elétrica. Em todo seu percurso podem-se identificar 18 pólos regionais turísticos com infra-estrutura de qualidade.
As cargas do Rio Paraná são grãos(principalmento soja) transportados principalmente no sentido norte-sul, visando atender às necessidades do Estado do Paraná, além da carga geral (Mercosul) e madeira para abastecer as fábricas de papel e celulose em Mato Grosso do Sul .

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Fordismo, Taylorismo e Produção flexivel

Em 1911, Taylor publicou Os princípios da administração científica, onde pregava a implantação de um sistema de trabalho industrial que consistia em controlar o tempo e o movimento dos trabalhadores nas fábricas com objetivo de aumentara a produtividade e conseqüentemente aumentar o lucro industrial. Propunha também uma intensificação da divisão de trabalho de forma que o operário desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas . Aos dirigentes e funcionários de alto nível reservava o trabalho intelectual e aos operários cabia o trabalho manual nas linhas de montagem. Esta organização de trabalho foi aplicada inicialmente nas indústrias de Bens de Produção e ficou conhecido como Método Taylorista .Henry Ford inovou o método anterior, ao por em prática em sua empresa de automóveis, no Michigam em 1913 ,esteiras rolantes nas linhas de montagem . As peças chegavam aos operários que parados executavam sempre a mesma tarefa referente a cada parte do carro. As mercadorias eram produzidas em escala isto é, eram feitas em grande quantidade e sem grande variedade de modelos e cores. Ford reconhecia que a produção em massa exigia consumo em massa , que por sua vez pressupunha produtos mais baratos e salários mais altos .Estavam assim criada as condições de melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e o surgimento de uma enorme sociedade de consumo . Este método ficou conhecido como Método Fordista .O processo de globalização que se intensifica após a segunda metade do século XX mais as crises econômicas que aí vão se apresentar , geram novas mercadorias e relações de trabalho . A palavra de ordem passa ser competitividade e as empresas buscam racionalizar a produção, cortando custos e implantando novos métodos . Isto ficou conhecido como Produção FlexívelVeja a seguir algumas características deste processo:Economia em Escopo: suas mercadorias apresentam grande variedade de cores e modelosProdução descentralizada em escala nacional e mundialTerceirização : Outras empresas dão suporte como : limpeza, manutenção, segurança ...Toyotismo - Substitui a linha de produção tradicional por células de produção Cada equipe é encarregada de todo processo produtivo . Isto tende a reduzir os defeitos de fabricação pois o controle de qualidade é feita pela própria equipe que produz .Robotização da produção . O trabalho passa a ser feito basicamente por maquinas cada vez mais sofisticadas e robôs que vão substituir gradativamente os operários nas fábricas .Just in time “ no momento certo” A organização supõe um abastecimento permanente dos insumos ( peças, componentes e matérias –prima) necessárias a fabricação de determinado produto reduzindo assim a necessidade de estoques. Este controle do fluxo de estoque necessário a cada equipe é feito com uso de computadores

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O paese de la cucagna

E com o adiamento do início das aulas continua o vale pena ler novamente...
Antes de visitarmos os pontos turisticos da região vamos conhecer um pouco a história destes bravos imigrantes .Leia estes pequenos trechos selecionados sobre a colonização italiana na região da Serra Gaúcha
“ A região da Encosta superior estava desocupada, e a colonização italiana começaria ali - entre os vales dos rios Caí e das Antas, limitando-se ao norte com os campos de Cima da Serra, e ao sul com as colônias alemãs do vale dos rios das Antas e Caí”...” Em 1875 chegam os primeiros colonos, em sua grande parte oriundos da região doVeneto , após enfrentarem a árdua travessia do Atlântico que durava cerca de um mês, em navios superlotados e onde as mortes por doenças e más condições gerais eram comuns.”... “O Governo Imperial era responsável pelo transporte dos colonos e pela divisão e distribuição dos lotes de 30 ha de área para cada família, pela abertura de estradas e concessão de ferramentas e sementes. Estes lotes eram reembolsados ao governo em prazos de 5 e 15 anos “...
“.. As dificuldades no cultivo da terra fizeram com que o imigrante italiano perseguisse, preferencialmente, as culturas perenes. O acesso às colônias e para as comunidades, onde moravam amigos e vizinhos, eram locais tão montanhosos e isolados que dificilmente chegavam outras pessoas. A grande preocupação do primeiros italianos, era estabelecer a moradia perto de rios, córregos ou fontes com evidente abundância de água. A água foi o primeiro roteiro natural da fixação das residências”.... Entre os anos de 1875 e 1914, o Rio Grande do Sul recebeu aproximadamente 80 mil italianos ...” “A primeira colônia foi a de Nova Milano fundada por Stefano Crippa, que aos 22 anos, recém-casado, deixa Monza na Itália em busca do paese de la cucagna o país da fartura que prometia terra, polenta e vinho em abundância.”...seguiram-se a de Conde D’ Eu e Donas Isabel (atualmente Garibaldi e Bento Gonçalves, respectivamente)
Click no mapa acima para amplia-lo e veja as principais cidades de colonização italiana na região com seus nomes antigos e atuais .
Caxias do sul hoje, é segunda maior cidade do estado e inportante polo industrial . E o juventude ? Quem não conhece o time de futebol desta cidade que oscila entre a a primeira e segunda divisão do futebol brasileiro ?
Bento gonçalves e Garibaldi são cidades que tem suas economias voltadas essencialmente para o cultivo da uva e produção de vinho . Então vamos lá botar o Pé na estrada ?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Curtindo um frio em Gramado ...

E mais uma vez o vale a pena editar ....
Ao cruzarmos o portal localizado na entrada da cidade, não resistimos a uma “paradinha” para vê-lo de perto: sua construção é de estilo bávaro rodeado de jardins bem cuidados e floridos( foto no post anterior).Tiramos várias fotos é claro, para guardar de lembrança !

A cidade é a mais procurada da região por turistas de todas as partes do mundo. Nela acontece, todos os anos, o mais famoso festival de cinema brasileiro:O Festival de Gramado - Cinema Brasileiro e Latino onde são distribuídos os “ Kikitos”, o oscar brasileiro.Pena que ele só comece no dia 10 de agosto quando nós já teremos partido mas, podemos aproveitar ainda os últimos dias do festival de Inverno .

Que tal irmos até a Avenida Borges de Medeiros assistir a Parada de Inverno ? .” Essa movimentada parada consiste num eletrizante desfile onde personagens e mascotes, alegorias, carros antigos, bailarinas, malabaristas, mágicos, pernas-de-pau, artistas diversos e bonecos gigantes desfilam embalados ao som de uma banda marcial.”
E depois? Podemos optar por: Lago Negro Suas águas são profundas e de um verde escuro carregado.Leopoldo Rosenfeldt construiu o lago, decorando suas margens com árvores importadas da Floresta Negra da Alemanha daí o seu nome . Como vocês preferem conhece-lo: a pé, de bicicleta ou pedalinho?
Rua CobertaCenário de eventos e apresentações, a rua é mais uma ótima alternativa em compras e gastronomia para o turista, principalmente em dias de chuva.
Mundo Encantado Parque temático com miniaturas em movimento, mostrando a arquitetura, o modo de vida das pessoas e toda a beleza da região no começo da colonização.
Palácio dos FestivaisCine Embaixador Sede de exibição dos filmes participantes do Festival de Cinema de Gramado. Clique na imagem para você ver com detalhes a beleza arquitetônica desta construção.





Para finalizar que tal visitarmos uma fábrica de cristais ? Existem várias espalhadas por toda cidade onde se pode comprar e observar o trabalho desses artistas artesãos


Ah! e o frio ?? Veja aí ao lado no Tempo quantos graus está de temperatura!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sangue alemão nas veias do Brasil...

Pois é , se hoje os brasileiros vão em buscar de outras terras para morar , houve um tempo que o Brasil atraía gente da Europa , principalmente alemães e Italianos que vinham tentar o sonho de "fazer a América" .Ainda em vale a pena ver de novo ...
As cidades de Gramado, Canela , São Leopoldo e Novo Hamburgo são cidades do norte do Rio Grande do sul , localizadas no vale do Sino e distantes pouco mais de cem quilômetros ( duas horas de carro aproximadamente) da capital Porto Alegre. Colonizadas principalmente por imigrantes alemães ( começam a chegar a partir de 1824) apresentam ainda descendentes de portugueses, italianos, sírios e libaneses. A região de Gramado e Canela é conhecida como Região das Hortênsias , por causa da abundância dessas flores encontradas comumente nas ruas e estradas da região . Pena que neste período de inverno elas não estão presentes mas com um pouco de sorte podemos pegar uma nevezinha .
Veja o porquê dos nomes das cidades:
Gramado:” Quando chegavam ao topo da Serra, tanto tropeiros quanto imigrantes, encontravam um pequeno campo de grama macia e verde que servia de repouso e revigorava suas forças”.
Canela : O nome da cidade provém de uma árvore, chamada de Canela, então localizada onde está atualmente a praça central da cidade. Esta caneleira servia de ponto de encontro e pousada de tropeiros
São Leopoldo : "Colônia Alemã de São Leopoldo" em homenagem à Imperatriz Leopoldina , primeira esposa de D.Pedro I
Novo Hamburgo: Surgem núcleos urbano nas prosperas áreas de colônias e uma delas ficava na área de Hamburger Berg
Bem , aí estão os portais de entrada das cidades de Gramado ( esquerda) e canela( direita) . Agora você escolhe em qual delas vamos entrar.....

Deixe aí nos comentários sua decisão !

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pé na Estrada na Serra Gaúcha !

Aproveitando o frio que está fazendo lá no sul do Brasil por causa da mpa que tal fazer o vale a pena editar de novo na Serra Gaucha?
Bem-vindos a Serra Gaúcha ! Depois de aproximadamente três horas de vôo chegamos a esta região tão brasileira de coração e de fato quanto Gisele Budchen mas assim como a famosa modelo, também guarda na fisionomia traços de “ além do oceano” .
Durante o segundo reinado ( segunda metade do séc. XIX ) , o Imperador D.Pedro II, preocupado em colonizar as terras ao sul de São Paulo/ que até então não despertavam interesse dos portugueses pois não possuíam clima favorável as culturas tropicais/resolveu doar terras aos estrangeiros que quisessem assentar raízes no país e nos solos da região. A Europa passava por um processo de industrialização acelerada e reestruturação radical nas propriedades rurais expulsando os agricultores dos campos. Os Italianos , alemães , eslavos e Poloneses foram os grupos mais numerosos aqui chegar. Várias cidades surgiram nesta época e neste processo. E é aqui que a nossa visita começa .... Onde começa e onde termina realmente o Brasil ???
Veja o mapa com a localização das principais cidades . Por onde começamos ? Colonização Italiana? Bento Gonçalves , Garibalde, Caxias do Sul ...
Colonização alemã? Gramado, canela, Nova Hamburgo....
Deixe sua escolha aí nos comentários.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Transamazônica

Se você ainda não ouviu falar desta polêmica estrada está na hora de aprender alguma coisa....
obs : cortei alguns trechos menos interessantes para não ficar muito longo o post
Transamazônica: quase 40 anos de polêmica e descaso


Da Revista Sustenta

Um dos mais ricos e importantes ecossistemas do planeta, a Amazônia, ainda sofre pela falta de comunicação, tanto física quanto tecnológica, a que está submetida. Prestes a completar 40 anos, a estrada que prometia ser parte da solução para esse dilema que afeta o desenvolvimento da região se tornou parte do problema. Com a meta de atravessar de leste a oeste a maior floresta tropical do mundo, a Transamazônica (ou rodovia BR-230), teve seu projeto lançado durante o governo Médici em 1970. ... teria início com a construção de duas vias, uma saindo de João Pessoa (PB) e outra de Recife (PE), e as duas se uniriam em Picos (PI), chegando finalmente a Boqueirão da Esperança (AC). Nesse ponto final, localizado no estado mais a oeste do País, estaria um caminho prático e rápido para escoar a produção brasileira pelo Peru até o Oceano Pacífico e conectar mais facilmente, assim, a Amazônia ao mundo.
Hoje, décadas depois, a situação dos povos e do meio ambiente ao seu redor são tão alarmantes que a rodovia já foi rebatizada de “Transamargura” e “Transmiseriana”. Não à toa: com cinco mil quilômetros (dos oito mil previstos inicialmente) construídos, a estrada equivale a uma porteira escancarada para problemas socioambientais, como violência rural, desmatamento desenfreado e, principalmente, obstáculos ao desenvolvimento das comunidades e pequenos proprietários – público, ao menos no papel, que seria beneficiado primordialmente com a construção da rodovia.
... Nos meses de seca, a estrada fica mergulhada na poeira. No período de chuva, que vai de outubro a março do ano seguinte, veículos atolam constantemente e linhas de ônibus param de circular em vários trechos.
“A rodovia era estratégica do ponto de vista geopolítico e social”, ... o Regime Militar pretendia diminuir a pressão social pela reforma agrária, além de colonizar a região norte brasileira, seguindo o lema de “integrar para não entregar”. “...Já a partir de 1975, o governo sumiu da área e as pessoas ficaram jogadas numa situação – um clima extremamente quente, com chuvas violentas e duradouras, estradas de terra como única infraestrutura – que em outras partes do País seria considerada de calamidade natural. Foi o caos total”, afirma Ariston Portugal .
Mesmo fazendo parte do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), as reformas na BR-230 seguem o ritmo de morosidade. Estavam previstos, no projeto para a pavimentação de 835 quilômetros de estrada e a construção de diversas pontes, visando integrar a BR-163, no Pará, a ferrovia Carajás e a Hidrovia do Tocantins. Até agora, “estão pavimentados em torno de 198 quilômetros.
Segundo o Ministério dos Transportes, até o ano passado circulavam 580 veículos por dia pela Transamazônica. Destes, 60% para transporte de carga, composto especialmente por madeireiros. A rodovia tem quase dois terços (3,2 mil quilômetros) de sua extensão localizados nos estados do Tocantins, Pará e Amazonas, e concentra todo o tráfego do sistema rodoviário nordestino destinado à Amazônia. O recapeamento dos trechos pode facilitar o escoamento da produção de cacau, leite, carnes, grãos e madeira e ajudar a integrar a região.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Nordeste semi-árido

Aproveitando o assunto em estudo, no momento, nas turmas de terceiras séries/ Climas do Brasil e Massas de Ar/ o Salageo coloca em evidência aqui neste espaço , a região mais sofrida e problemática do Brasil : A Região do Semi-árido Nordestino.
Neste primeiro post serão reunidas informações para responder a pergunta mais freqüente dos alunos em sala de aula: Por quê, ao contrário das demais regiões do pais de climas úmidos, o interior do Nordeste tem clima Semi-árido ?
O Sertão Nordestino, também conhecido como “Polígono das Secas “, compreende hoje uma área de 969.589,4 Km2 delimitada geograficamente pelo Ministério da Integração Nacional que utiliza como critério três variáveis: precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 mm; índice de aridez de até 0,5 e risco de seca maior que 60%. O que caracteriza a aridez desta região não é tanto , o baixo volume de chuvas / entre 500 e 800mm/ mas a irregularidade das precipitações, sendo imprevisível a ocorrência de chuvas sucessivas, em pequenos intervalos. Mas por que isto acontece?
No geral , podemos dizer que as principais causas da seca do nordeste são naturais pois a região está localizada numa área em que recebe pouca influência das massas de ar úmidas que atuam sobre o país.Vejamos como cada uma delas se comporta sobre a região: A Massa Tropical Atlântica, que atua, sobretudo no litoral, é impedida pelo Planalto da Borborema de avançar para o interior e produzir chuvas abundantes no sertão. A Massa Equatorial Continental, originada na Amazônia não se movimenta muito mas pode alcançar ocasionalmente o semi-árido, em sua porção oeste, de novembro a janeiro. A Massa Polar Atlântica, vinda do Sul do país, durante o inverno, pode produzir chuvas abundantes no litoral Nordestino mas pouco expressivas no interior dos estados. As maiores chances de chuvas acontecem no final do verão e outono quando as massas Equatoriais úmidas do atlântico penetram pela região, reflexo direto da movimentação da Zona de Convergência Intertropical.
Segundo Ab’Sáber (2003), no semi-árido predominam temperaturas entre 25 e 29 ºC, o que faz com que o Sertão se assemelhe a semi-desertos nublados, entretanto, logo após as primeiras chuvas, árvores e arbustos de folhas miúdas e múltiplos espinhos protetores entremeados por cactáceas reverdecem. Segundo o referido autor, isso decorre da existência de água na superfície dos solos em combinação com a forte luminosidade da região, fato que restaura a funcionalidade da fotossíntese. Abaixo :duas cidades na Paraíba / Piancó a esquerda no período da seca e Monte Horeb a direita , no período das chuvas .









" o Polígono das Secas é uma das regiões semi-áridas mais povoadas entre todas as terras secas existentes nos trópicos ou entre os trópicos, visto que nessas outras áreas a população se concentra em alguns oásis e no semi-árido é distribuída ao longo de todo o território” Observação do geógrafo francês Jean Dresch, quando esteve na década de 1970 . Na verdade hoje esta região inclui 1.133 municípios e uma população em torno de 21 milhões de pessoas.

Qual seria então, o impacto da ação de tão grande população sobre um ecossistema tão frágil?
Participe deixando seu comentário crítico logo aí abaixo nos comentários e aguarde o próximo post sobre a região ainda esta semana.....

sábado, 16 de maio de 2009

Consequências da crise no Brasil


Alô pessoal que vai fazer vestibular ! Alô pessoal em geral interessado em entender um pouco desta crise econômica que amedronta o mundo. A seguir trechos de um artigo publicado num portal para administradores com a analise do economista Gilberto Brandão Marcon.
"Tentar entender as conseqüências da crise internacional em torno do Brasil implica fazer uma dupla avaliação, onde se poderia dividir a questão em frente interna e frente externa....O ponto inicial é definir o foco emissor da crise...estamos importando compulsoriamente a crise atual.A onda fez estágio na economia norte- americana antes de se por em movimento pelas praias de todo mundo. Eis a atual situação do motor econômico do planeta( E.U.A.). Vai mal, precisa de enormes reparos, e enquanto o conserto não produz resultado o mundo se realimenta com esta crise....
Por aqui a crise aportou no último trimestre de 2008; (1)desde então, a partir de dados do CAGED, o mercado formal desde novembro último perdeu 797,5 mil empregos, para um total de 30 milhões de brasileiros com carteira assinada. Tais dados encontram eco em outros do IBGE que apontam que houve acréscimo de 20,6% no contingente de desempregados de dezembro a janeiro, com a taxa de desemprego saltando de 6,8% para 8,4% da população, de modo que a população desempregada passou de 1,6 para 1,9 milhões (em seis áreas metropolitanas pesquisadas)....(2)dados do IBGE referentes à produção que informou que a economia brasileira teve, no quarto trimestre de 2008 em relação ao terceiro, uma queda no PIB de 3,6%, que se trata do maior recuo da série histórica iniciada em 1996..e sua influência sobre o saldo da Balança Comercial.(3)Contribuiu de modo direto em torno de tais indicadores a retração do crédito para o mercado interno brasileiro, que por seu lado decorreu da crise de confiança que se proliferou a partir de intensificação do fator aversão ao risco que se proliferou retendo, assim, recursos antes disponíveis para crédito, tornando os fornecedores de crédito mais exigentes em relação às condições de empréstimo para os tomadores, tais como a diminuição do prazo almejando reduzir risco. Outra decorrência foi um aumento da taxa de juros por conta da escassez inerente não à falta de recursos, mas ao aumento da aversão ao risco de emprestá-lo. Seja como for, inibiu um dos principais fatores que contribui para o recente crescimento econômico, a expansão do crédito...(4)Por fim, há que se avaliar que no mundo globalizado ligado pela rede mundial as informações têm um fluxo muito rápido, e a crise tende a se refletir cada vez com maior rapidez. Entretanto, cabe destacar o papel crescente da intervenção do gestor público, e a retomada da concepção da importância da atuação do Estado na economia. O fato é que se hoje não temos uma repetição de 1929 é porque houve uma profunda evolução teórica e prática na atuação da gestão pública, pois esta tem sido e haverá de ser o fator diferenciador na redução dos efeitos deletérios da atual crise, assim como será o possível catalisador que conduzirá a economia na direção de nova onda expansiva. "

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aterro do Flamengo e outros....

A cidade do Rio de Janeiro talvez seja uma das cidades que mais sofreu transformações na topografia de seu sítio atravé de Aterros e desmontes sucessivos .
A aluna Lídia da turma 3001 fez esta pesquisa e o resultado você confere agora .
Por falta de espaço foram anexadas apenas fotos do último exemplo Aterro do Flamengo.

A idéia de aterrar parte da orla marítima do Rio tem mais de duzentos anos. Entre 1779 e 1783 foi feito o aterro na praia e na infecta lagoa do Boqueirão, com material do Morro das Mangueiras, para construção do Passeio Público.
No século XIX a própria Câmara Municipal autorizou vários aterros na orla, principalmente em Botafogo, para os moradores aumentarem os terrenos de suas casas.
Em 1890, o engenheiro Sabino E. Pessoa propôs arrasar o Morro de Santo Antonio e aterrar a orla marítima do trecho Glória-Calabouço, formando um platô com 570 metros de largura, maior que o atual aterro, para construir um luxuoso bairro residencial. No início do século XX, Pereira Passos e Paulo de Frontin aterraram o trecho da Praça Santa Luzia até Botafogo, conseguindo um leito urbanizável de largura uniforme de 40 metros, onde foram traçadas as duas pistas da Av. Beira-Mar.
Nos anos 20 arrasou-se o Morro do Castelo para aterrar da Ponta do Calabouço ao Saco da Glória (as sobras de terra deram para fazer um aterro nas bordas do Pão de Açúcar e se criar o bairro da Urca). O atual Aterro do Flamengo foi iniciado em 1948 sob a supervisão de Reidy (que, entre outras coisas, frustrou a tentativa de se erguer a nova Catedral em vez do MAM). Com o início do desmonte do Morro de Santo Antonio em 1954 as obras se aceleraram.
Finalmente, com a eleição de Lacerda e tendo à frente D. Lota de Macedo Soares, o Aterro do Flamengo se transformou no que hoje conhecemos. Foto acima: Aterro em obras

















Foto esquerda : Região da orla flamengo no início dpo seculo XX , antes do aterro .
Foto direita : O mesmo lugar hoje.